Recentemente, um espetacular evento cósmico chamou a atenção dos astrônomos: uma gigantesca erupção no Sol que criou um verdadeiro cânion de fogo na atmosfera solar. Isso aconteceu quando um vasto filamento magnético, situado no hemisfério sul do nosso astro rei, entrou em erupção. Este fenômeno foi capturado em detalhes pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA.
Após essa erupção solar, detritos foram lançados ao espaço, formando um halo parcial, conhecido como ejeção de massa coronal (CME). Este fenômeno foi registrado pelo coronógrafo do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), um projeto conjunto da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA).
Impactos na Terra:
- Uma fascinante previsão feita por simulações computacionais da NASA sugere que esta ejeção de massa coronal pode colidir com o campo magnético da Terra já nesta quarta-feira. Isso poderá resultar nas deslumbrantes auroras de primavera no extremo norte do globo, coincidindo com o equinócio de março.
- É interessante notar que, historicamente, distúrbios geomagnéticos causados por ventos solares são quase duas vezes mais prováveis de ocorrer durante os equinócios. Isso se deve, em parte, ao efeito Russell-McPherron, que aumenta a atividade geomagnética ao induzir rachaduras na magnetosfera terrestre durante esses períodos.
O que são filamentos solares?
Segundo o site Spaceweather.com, filamentos solares são enormes arcos de plasma, que se estendem e curvam acima da superfície solar, diretamente influenciados pelo campo magnético do Sol. Quando há uma instabilidade, estes filamentos podem colapsar, resultando em grandiosas explosões solares.
Os efeitos na Terra das auroras boreais, verdadeiras exposições de luz provocadas por estas erupções solares, são de tirar o fôlego. Quando partículas solares, carregadas de energia, atingem a atmosfera terrestre, elas excitam átomos e moléculas de gás, criando incríveis exibições de luz nas regiões polares.
Contudo, os jatos de plasma solar não trazem apenas beleza aos nossos céus; eles também podem representar desafios. Dependendo da intensidade, podem causar distúrbios em sistemas de comunicação e GPS, afetar satélites e até mesmo representar riscos para astronautas em órbita.
Este fenômeno é um poderoso lembrete da incrível força e influência do Sol sobre o nosso planeta, e a contínua observação e estudo destes eventos é fundamental para compreendermos melhor essas dinâmicas cósmicas.
