EUA estabelecem que apenas humanos, não IA, podem ser reconhecidos como inventores em novas patentes

EUA afirmam: só humanos, não IA, podem patentear invenções, exigindo "contribuição significativa". Decisão impacta direitos autorais.

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Na era em que a tecnologia avança a passos largos, surge uma questão legal intrigante: a inteligência artificial (IA) pode ser reconhecida como inventora em novas patentes? Esta questão não é apenas teórica; ela tem implicações práticas significantes que afetam desde corporações gigantes até inovadores individuais na oficina de casa. A resposta oficial dos Estados Unidos a essa pergunta está moldando o futuro da inovação e o campo legal da propriedade intelectual.

Recentemente, o Gabinete de Marcas e Patentes dos EUA (USPTO) estabeleceu diretrizes claras a respeito desta matéria. De acordo com essas novas regras, para que uma invenção seja patenteável, é necessário que uma “contribuição significativa” tenha sido feita por uma pessoa real, e não apenas pela IA. Isso significa que somente seres humanos podem ser listados como inventores numa patente, uma decisão que enfatiza a importância da criatividade e do engenho humano no processo de invenção.

Não obstante, esta definição de “contribuição significativa” possui sua própria complexidade. Como distinguir entre uma invenção gerada inteiramente por inteligência artificial e uma que foi significativamente auxiliada por ela? Para elucidar, a USPTO proporciona exemplos: um indivíduo que meramente instrui um sistema de IA a criar algo novo sem uma contribuição substancial direta não se qualificará para receber uma patente. Por outro lado, uma pessoa que utiliza a IA como uma ferramenta para resolver um problema específico, guiando o processo com insights humanos, pode ser considerada elegível para a patente.

Essa orientação do USPTO é respaldada por decisões judiciais precedentes. Um importante tribunal federal de recurso dos EUA já havia estabelecido que somente pessoas reais podem ser reconhecidas como inventoras, negando a possibilidade de a IA receber tal reconhecimento legal.

Num mundo cada vez mais digital e automatizado, essa decisão destaca a importância e a irredutibilidade da participação humana na inovação. Ao mesmo tempo, ela levanta questões intrigantes sobre a natureza da criatividade e do desenvolvimento tecnológico, garantindo que, enquanto a IA continua a transformar nosso mundo, o elemento humano permanece no coração da inovação.