Um estudo recente trouxe um alerta sobre a síndrome do coração partido, conhecida cientificamente como cardiomiopatia de Takotsubo. Pesquisadores indicam que essa condição tem sido associada a uma alta taxa de mortalidade e a diversas complicações de saúde nos últimos anos. Esses resultados acendem um sinal amarelo na área médica.
Para os especialistas, esse cenário demonstra a urgência de aprofundar as pesquisas. É fundamental buscar por tratamentos mais eficazes e novas formas de abordar essa doença. As descobertas foram publicadas em uma importante revista científica, o Journal of the American Heart Association.
Entendendo a Síndrome do Coração Partido
Mas o que é exatamente a síndrome do coração partido? Ela é uma condição do coração que aparece ligada a situações de forte estresse. O coração aumenta de tamanho temporariamente e perde sua capacidade de bombear o sangue corretamente.
Muitas vezes, isso acontece após um evento emocional ou físico muito forte, como a perda de alguém querido. Em casos mais sérios, a doença pode levar à insuficiência cardíaca, aumentando o risco de morte. Algumas complicações, como o AVC, podem ser evitadas com remédios, mas o diagnóstico nem sempre é fácil.
O que a pesquisa falou
Este novo trabalho é um dos maiores a analisar as taxas de mortes no hospital e as complicações da síndrome. A pesquisa olhou para as diferenças entre homens e mulheres, idades e raças ao longo de cinco anos. Foram estudados os dados de saúde de quase 200 mil pessoas diagnosticadas com a condição.
A taxa de mortalidade observada foi de 6,5%, um número considerado alto. Algo que chamou a atenção foi que o número de mortes em homens foi mais que o dobro do registrado em mulheres.
O estudo também falou sobre as principais complicações que surgiram. A insuficiência cardíaca apareceu em 35,9% dos casos, seguida por fibrilação atrial (20,7%). Outros problemas foram choque cardiogênico (6,6%), AVC (5,3%) e parada cardíaca (3,4%).
Uma descoberta importante é que a síndrome não afeta apenas pessoas mais velhas. Sim, quem tem mais de 61 anos mostrou as maiores taxas, mas adultos a partir dos 46 anos também tiveram muitos diagnósticos.