Entenda as diferenças entre sintomas de dengue e gripe

Dengue e gripe são doenças virais que compartilham alguns sintomas, mas têm características distintas. O infectologista Érique Miranda, do Instituto Butantan, esclarece os principais pontos que diferenciam essas condições.

A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Este mosquito se desenvolve em água parada, comumente encontrada em recipientes e vasos de plantas em áreas urbanas. Após a picada, os sintomas da dengue podem incluir febre alta, dores no corpo, vermelhidão na pele, e fadiga. Os sintomas iniciais aparecem cerca de cinco dias após a picada e podem durar até uma semana.

Na fase clássica, a dengue pode ser manejada com hidratação e medicação para dor, como dipirona ou paracetamol. Contudo, se após a febre inicial houver sinais como dor abdominal intensa ou vômitos persistentes, a doença pode estar progredindo para uma fase mais grave, a dengue com sinais de alerta, que exige atenção médica imediata.

Em sua forma mais severa, há uma resposta inflamatória intensa que pode afetar a coagulação sanguínea e provocar um sério comprometimento do estado de saúde, geralmente necessitando de hospitalização.

Por outro lado, a gripe é causada pelo vírus influenza. Ela tem maior prevalência durante os meses de inverno no hemisfério sul, de junho a setembro. Os sintomas surgem repentinamente e incluem febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo e dor de cabeça. A gripe muitas vezes se resolve sozinha em cerca de uma semana, embora a tosse e a fadiga possam persistir por mais tempo.

Adultos geralmente têm um quadro de sintomas variável, enquanto crianças podem apresentar febres mais altas. Nos idosos, a febre pode ser menos intensa, mas ainda preocupante. A vacinação anual é recomendada, pois o vírus da gripe sofre frequentes mutações e as vacinas são ajustadas anualmente para cobrir as cepas mais comuns de cada temporada.

É fundamental diferenciar quando os sintomas indicam uma doença mais grave e buscar orientação médica apropriada. A consciência sobre as particularidades de cada vírus pode auxiliar no diagnóstico correto e prevenir complicações, salvando vidas.