As emissões de gases de efeito estufa do Google aumentaram aproximadamente 50% nos últimos cinco anos, conforme revelado no Relatório Ambiental de 2024, divulgado na última terça-feira (2). Esse crescimento significativo está relacionado ao uso intensivo de data centers, essenciais para o funcionamento das tecnologias de inteligência artificial (IA) da empresa. Os data centers, que consomem grandes quantidades de energia, são apontados como os principais responsáveis pelo aumento nas emissões.
O relatório anual da gigante da tecnologia destaca o compromisso da empresa em reduzir pela metade suas emissões de gases poluentes até 2030, tomando como base o ano de 2019. No entanto, os dados de 2023 mostram um aumento de 13% nas emissões de dióxido de carbono em comparação ao ano anterior, totalizando 14,3 milhões de toneladas. Este valor é comparável à poluição gerada por 38 usinas termelétricas a gás em um ano.
O consumo de energia dos data centers do Google cresceu 17% em 2023, contribuindo com quase um milhão de toneladas adicionais de dióxido de carbono à pegada de carbono da empresa. Segundo o relatório, esses data centers representaram até 10% do consumo global de energia por data centers no ano passado.
Para mitigar seu impacto ambiental, o Google está investindo em tornar seus modelos de IA, hardware e data centers mais eficientes em termos energéticos. A empresa também tem como meta operar com energia livre de carbono 24 horas por dia em todas as redes elétricas às quais está conectada até 2030. No entanto, o relatório indica que ainda há um longo caminho a ser percorrido para atingir esse objetivo.
O aumento nas emissões de gases de efeito estufa do Google levanta preocupações sobre o impacto ambiental das tecnologias de IA e a necessidade de soluções inovadoras para reduzir o consumo de energia nos data centers.