As variações climáticas intensas, caracterizadas por frio ou calor extremos, representam um risco significativo para o funcionamento e a durabilidade de aparelhos eletrônicos. Dispositivos como celulares, televisores e computadores são projetados para operar em condições de temperatura ambiente, e desvios consideráveis podem levar à redução de desempenho ou até mesmo a danos permanentes.
A preocupação com o impacto do clima nos eletrônicos se intensifica em regiões brasileiras que experimentam oscilações térmicas acentuadas, como o Sul do país, onde as temperaturas podem cair abaixo de 0 °C, ou mesmo em áreas do Sudeste, como cidades de São Paulo, que em certas ocasiões registram frio intenso. Da mesma forma, ondas de calor que ultrapassam os 35 °C, especialmente em estados do Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste, demandam atenção redobrada.
Riscos do frio e umidade
Embora o frio seja frequentemente considerado menos preocupante, os eletrônicos são fabricados para suportar temperaturas mínimas de até 0 °C. No entanto, condições de 5 °C a 10 °C, combinadas com alta umidade, podem provocar condensação interna, resultando em corrosão e risco de curtos-circuitos. As telas de smartphones, TVs e computadores se tornam mais sensíveis a distorções de imagem, rachaduras e trincas sob baixas temperaturas. Cabos também podem endurecer e se danificar ao serem dobrados.
É fundamental evitar deixar aparelhos eletrônicos em ambientes externos durante períodos de temperaturas negativas, pois a exposição aumenta a propensão a problemas decorrentes da condensação do vapor d’água dentro dos dispositivos.
Impactos do calor excessivo
O calor, por sua vez, configura-se como um fator de risco mais elevado para os eletrônicos. Muitos desses aparelhos, incluindo notebooks e smartphones, são testados em regiões como Ásia, América do Norte e Europa, que geralmente não enfrentam as altas temperaturas frequentemente registradas em diversas partes do Brasil. Quando o calor ultrapassa a marca dos 35 °C, a integridade dos componentes internos é comprometida.
O superaquecimento é uma das principais consequências do calor extremo, levando a travamentos, desligamentos inesperados e danos irreversíveis a placas, chips e baterias. A exposição prolongada a altas temperaturas, como jogar em um computador por horas em um local com 35 °C, intensifica o calor interno da máquina e acelera a degradação dos componentes. Além disso, a luz solar direta deve ser evitada, pois ela contribui para o desgaste prematuro da bateria e outros elementos essenciais do aparelho.
Medidas preventivas
Para mitigar os riscos associados às temperaturas extremas, algumas precauções são recomendadas. Em dias muito quentes, é aconselhável remover as capinhas de celulares para facilitar a dissipação do calor. Evitar a execução de jogos ou aplicativos muito exigentes por longos períodos e o uso prolongado e ininterrupto dos dispositivos também contribui para prevenir o superaquecimento e prolongar a vida útil dos aparelhos.