Neste domingo, 7 de setembro de 2025, aconteceu um eclipse lunar que muitos classificaram como um dos mais impressionantes de se observar. O fenômeno teve duração total de 3 horas, 29 minutos e 24 segundos e incluiu pouco mais de 1 hora e 20 minutos de totalidade — o chamado período da “Lua de Sangue”. O Brasil, no entanto, não teve visão direta do evento; leitores na Bahia acompanharam a cena por transmissão ao vivo.
Onde foi visto
Segundo o site TimeAndDate, a maior parte da Ásia, a faixa leste da África e o oeste da Austrália puderam acompanhar o eclipse do início ao fim, incluindo a fase de totalidade com a coloração avermelhada. Outras áreas da África, partes da Europa e trechos da Austrália viram apenas fragmentos da totalidade ou a fase parcial.
No Brasil o fenômeno não foi observado. Somente um pequeno trecho do Nordeste chegou a ficar sob a penumbra — uma escurecida muito sutil — mas, como o eclipse ocorreu entre 13h27 e 16h56 (horário de Brasília), essa mudança aconteceu durante o dia e não pôde ser percebida a olho nu.
Transmissão ao vivo
Para quem acompanhou de longe, o site Olhar Digital fez uma transmissão em tempo real. A cobertura começou às 14h (horário de Brasília) e foi exibida no site e nas plataformas YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok. A apresentação ficou por conta de Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita — presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.
O que é um eclipse lunar?
Um eclipse lunar acontece quando a Lua, em fase cheia, passa pela sombra da Terra. Em termos simples, a Terra fica entre o Sol e a Lua, bloqueando ou reduzindo a luz solar que chega ao satélite.
- Total: a Lua fica inteiramente na sombra da Terra.
- Parcial: só uma parte do disco lunar é ocultada.
- Penumbral: a sombra terrestre apenas reduz suavemente o brilho, mudança bem sutil.
Como a Lua ganha aquele tom avermelhado durante a totalidade? Ao atravessar a atmosfera terrestre, a luz do Sol é filtrada e desviada — um efeito parecido com o que vemos no pôr do sol — e projeta sobre a superfície lunar um tom avermelhado, motivo do apelido “Lua de Sangue”.
Cerca de 60% da população mundial teve a chance de acompanhar o fenômeno por inteiro, enquanto até 87% pôde ver pelo menos uma parte, dependendo das condições meteorológicas. Este foi o segundo e também o mais longo eclipse lunar de 2025 — o primeiro ocorreu em março e foi visível principalmente nas Américas.
O ciclo de eclipses seguiu com outro evento já programado para 2025: em 21 de setembro houve um eclipse solar parcial, visível apenas no sul da Austrália, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida, sem visibilidade no Brasil.