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Curiosidades e Tecnologia

Documentos revelam vigilância e hacking em larga escala praticados pela China

Vazamento expõe espionagem chinesa, mostrando como monitoram dissidentes e hackeiam nações.

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Hacker

Recentemente, a Associated Press (AP) teve acesso a documentos que foram descritos como um verdadeiro tesouro de informações, destacando as operações de vigilância e hacking conduzidas pela China tanto em seu território quanto internacionalmente. Esses documentos, que vieram à tona graças a um vazamento feito por um contratante ligado ao principal órgão de policiamento chinês, mergulham profundamente no universo da ciberespionagem e das estratégias usadas pelo país para monitorar tanto cidadãos chineses quanto estrangeiros.

Os registros em questão foram confirmados por dois funcionários da empresa I-Soon (Anxun, em mandarim), que mantém uma conexão direta com o Ministério da Segurança Pública da China. Embora esses documentos não revelem novas ferramentas tecnológicas ou poderosas inovações em hacking, eles servem como uma janela valiosa para os métodos de vigilância implementados, incluindo centenas de páginas que abarcam desde contratos e apresentações de marketing até manuais de produto e listas de clientes e funcionários.

Um dos aspectos mais alarmantes revelados pelos documentos é a forma como a China realiza a vigilância de dissidentes no exterior, invade sistemas de outras nações e manipula plataformas de redes sociais para disseminar narrativas que favorecem Pequim, abrangendo regiões críticas como Hong Kong, a área de maioria muçulmana de Xinjiang, a Ásia Central e o Sudeste Asiático.

A implicação direta desse vazamento para os negócios da I-Soon permanece indefinida, mas de acordo com os funcionários da empresa, não se espera que cause um impacto significativo. Uma reunião foi realizada para discutir o incidente, e foi passada a mensagem de que os funcionários deveriam “continuar trabalhando normalmente”.

Os esforços de investigação sobre o vazamento estão em andamento tanto pela I-Soon quanto pela polícia chinesa, buscando entender como essas informações sensíveis chegaram ao conhecimento público. Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores da China não forneceu comentários em relação ao vazamento, e a identidade do indivíduo ou grupo responsável pelo ato ainda não foi determinada.

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