O envelhecimento populacional e a redução da taxa de natalidade no Brasil têm contribuído para um aumento significativo da população idosa. Como resultado, doenças reumáticas, como a artrose, que afetam o sistema locomotor, têm se tornado cada vez mais comuns.
A artrose é uma condição caracterizada pelo desgaste acelerado da cartilagem, responsável por proteger as articulações e evitar o atrito entre os ossos. Estima-se que aproximadamente 15 milhões de pessoas no país sejam afetadas por essa enfermidade, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Contrariando crenças comuns, o exercício físico pode ser um aliado valioso tanto na prevenção quanto no tratamento da artrose, conforme destaca o ortopedista Marcelo Midlej Reis, especialista em cirurgia do joelho. Os exercícios adequados podem fortalecer os músculos ao redor das articulações afetadas, melhorar a flexibilidade, ampliar a amplitude de movimento e reduzir a dor e a inflamação.
No entanto, é fundamental escolher os tipos corretos de exercícios e buscar uma avaliação médica antes de iniciar qualquer programa. Cada pessoa tem necessidades individuais e é necessário considerar o grau de comprometimento da articulação afetada. Um programa de exercícios personalizado, adaptado às características de cada indivíduo, é essencial para garantir a eficácia e a segurança dos exercícios.
Dentre as opções recomendadas para pessoas com artrose, destacam-se atividades de baixo impacto, como natação, hidroginástica, caminhada, ciclismo e pilates. Essas modalidades ajudam a fortalecer os músculos sem sobrecarregar as articulações, proporcionando benefícios para a saúde articular e geral.
Além disso, é importante ressaltar que o exercício físico não deve ser encarado apenas como uma medida de tratamento, mas também como uma forma de prevenção. Manter uma rotina regular de atividade física desde cedo pode contribuir para o fortalecimento das articulações e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças como a artrose no futuro.
