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Curiosidades e Tecnologia

Descoberta revolucionária: como armazenar dados em 4 modos diferentes num único átomo pode transformar a computação quântica

Nova técnica quântica pode revolucionar armazenamento de dados, prometendo computadores mais densos e potentes.

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Computadores Quânticos

Uma inovação no campo da computação quântica foi relatada em uma pesquisa recente publicada na revista Nature Communications, que promete ser um divisor de águas para o futuro da tecnologia. Até então, os computadores tradicionais têm trabalhado com a lógica binária de zeros e uns para processar e armazenar informações, enquanto os computadores quânticos avançam além, executando estados de sobreposição que permitem um processamento exponencialmente mais poderoso.

Este avanço monumental veio dos esforços de cientistas que descobriram como armazenar dados em um único átomo usando quatro métodos distintos, aumentando o potencial de processamento quântico dentro de um espaço confinado. O emprego desses métodos inovadores significa que os computadores quânticos do futuro poderiam ser não apenas mais poderosos, mas também mais compactos e mais fáceis de manejar.

Os bits quânticos, ou qubits, são os blocos básicos de construção da computação quântica. Diferentemente dos bits tradicionais, que podem existir como 0 ou 1, os qubits podem existir em estados de sobreposição, permitindo realizar cálculos complexos mais rapidamente. A pesquisa demonstrou que átomos de antimônio, implantados em chips de silício, podem servir como tais qubits, com a capacidade de armazenar informações de quatro maneiras únicas.

Estas quatro estratégias de manipulação de dados incluem o uso de um campo magnético oscilante para controlar os elétrons, a ressonância magnética para manipular o núcleo do átomo, um campo elétrico para também controlar o núcleo e uma técnica inovadora chamada “qubits flip-flop” que permite controlar o núcleo e o elétron simultaneamente, porém de maneira oposta, também usando um campo elétrico.

A professora Andrea Morello, líder da pesquisa, enfatiza que, embora esta abordagem possa ser mais complexa e lenta no início, ela compensa com a promessa de uma densidade de informação extremamente alta, o que é crucial para a evolução dos computadores quânticos. Fazer os qubits trabalharem juntos de maneira mais eficiente e em espaços menores pode acelerar significativamente o desenvolvimento de soluções para desafios computacionais que são atualmente insuperáveis para a tecnologia convencional.

Esta descoberta não apenas abre portas para computadores quânticos mais densos e poderosos mas também sintetiza o potencial infinito da manipulação atômica para revolucionar nosso tratamento de dados e processamento de informações. À medida que continuamos a desvendar os mistérios da matéria e da energia no nível quântico, nos aproximamos de um futuro onde os limites da computação são praticamente ilimitados.

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