A aguardada sequência do aclamado título de 2019, “Death Stranding 2: On the Beach”, foi oficialmente lançada para PlayStation 5 em 26 de junho de 2025. Desenvolvido sob a direção de Hideo Kojima, o novo game busca redefinir o conceito de mundo aberto, levando o protagonista Sam Porter Bridges a expandir a rede Chiral para além dos Estados Unidos, alcançando territórios inexplorados como México e Austrália.
Jogadores que adquiriram as edições Digital Deluxe e Collector tiveram acesso antecipado dois dias antes, mergulhando antes na nova trama que se passa onze meses após os eventos do primeiro jogo. A essência de conectar, entregar e resistir permanece central à experiência.
Edições e Acesso
Além da versão padrão, os entusiastas puderam escolher entre a edição Deluxe, que oferece armas exclusivas, e a edição de Colecionador, que inclui brindes físicos, um making-of e um artbook digital. Apesar da exclusividade inicial para o PS5, rumores sugerem que uma versão para PC deve ser lançada em 2026, possivelmente após um período de seis a oito meses de exclusividade no console da Sony.
Enredo e Personagens
A trama de “Death Stranding 2” se passa 11 meses após os eventos do primeiro jogo. Sam Porter Bridges vive recluso ao lado de Lou, agora uma criança viva, após o milagre do final do título anterior. No entanto, a paz não dura muito: ele é convocado pela organização Drawbridge para uma nova missão. Desta vez, a rede Chiral precisa se expandir para além dos Estados Unidos, atingindo regiões como México e Austrália. O mundo segue fragmentado, e o Timefall, a chuva que acelera o tempo, ainda ameaça o que resta da civilização. A ambientação é mais selvagem, instável e imprevisível, com terrenos vulcânicos, florestas tropicais e desertos imensos.
O jogo apresenta também novos personagens, como Tomorrow (interpretada por Elle Fanning), Dollman, Rainy e o enigmático Tarman. Fragile e Higgs também retornam, mas com papéis mais complexos e sombrios. Kojima mergulha fundo em temas como luto, conexão, legado e reconstrução.
Jogabilidade e Inovações
A base do gameplay continua a mesma: entregar pacotes, construir conexões e sobreviver aos perigos de um mundo hostil. Mas a diferença é que agora tudo flui muito melhor. “Death Stranding 2” traz refinamentos importantes: construções mais rápidas, veículos aprimorados, sistema de monorail para fast travel e maior liberdade de exploração.
O combate também evoluiu. O arsenal de armas está mais robusto, com granadas holográficas, bastões elétricos e armamentos específicos para inimigos humanos e BTs. O sistema de combate corpo a corpo está mais responsivo, e a introdução de câmeras dinâmicas melhora a experiência em tiroteios e emboscadas. Há também um sistema de progressão por habilidades (chamado APAS), que molda o estilo de jogo conforme as decisões do jogador: furtivo, ofensivo, construtor ou mensageiro. Além disso, a interface foi redesenhada, e agora é possível visualizar quanto tempo falta para o fim de cada cutscene, uma resposta direta às críticas feitas ao primeiro jogo sobre suas longas sequências narrativas.
Um espetáculo técnico e sonoro
Visualmente, “Death Stranding 2” é deslumbrante. Desenvolvido com a nova versão da engine Decima, o jogo entrega texturas hiper-realistas, clima dinâmico, partículas detalhadas e iluminação de última geração. O modo performance garante 60 quadros por segundo mesmo nas áreas mais complexas, enquanto o modo fidelidade entrega o ápice gráfico do PS5.
Mas é a trilha sonora que realmente se destaca. Com curadoria de Ludvig Forssell (de volta após o primeiro jogo), a música funciona como um personagem dentro da narrativa. Bandas como Low Roar, Silent Poets, Woodkid e Caroline Polachek compõem uma atmosfera melancólica, épica e profunda. A trilha é adaptativa, reagindo aos movimentos e decisões do jogador em tempo real.
Recepção da Crítica e Comunidade
A recepção da crítica tem sido majoritariamente positiva. Sites como The Guardian e The Verge apontaram “Death Stranding 2” como uma evolução clara em relação ao original. Destaque para a jogabilidade mais acessível, narrativa emocionalmente densa e ambientação artística. A revista Edge afirmou que o jogo é “um triunfo em design e direção”, enquanto o The Times o classificou como “uma obra de arte interativa”.
No entanto, nem tudo são flores. Alguns veículos como Polygon e IGN destacaram que o ritmo, embora melhor, ainda pode cansar em momentos mais contemplativos. Outros apontaram que o excesso de metáforas e simbolismos pode tornar a narrativa um pouco hermética para quem busca algo mais direto. Ainda assim, a maioria concorda que “Death Stranding 2” é um dos grandes jogos do ano.
Um dos maiores trunfos de “Death Stranding 2” continua sendo a sensação de pertencimento criada entre jogadores, mesmo sem interação direta. O sistema assíncrono permite que você use estruturas construídas por outros, deixe mensagens, monte rotas colaborativas e ajude a melhorar o mundo aos poucos. Essa camada de colaboração invisível fortalece o tema central do jogo: a importância das conexões humanas, mesmo nas situações mais extremas.
Perspectivas Futuras
Apesar de ainda ser cedo para falar sobre um “Death Stranding 3”, Kojima já deu pistas de que o universo pode se expandir ainda mais e não só nos games. Rumores indicam que um filme live-action está em produção, com roteiro supervisionado pela Kojima Productions. E com a engine Decima evoluindo a cada ano, é possível que o próximo passo envolva realidade aumentada ou novas plataformas além do console. Também se espera que uma versão para PC seja lançada no futuro próximo, provavelmente no primeiro semestre de 2026. Até lá, o PS5 é o único lugar onde você pode experimentar tudo o que “Death Stranding 2” tem a oferecer.