Já ouviu falar em “podridão cerebral”? A expressão, escolhida como palavra do ano pela Oxford University Press, joga luz sobre algo que muita gente suspeita: os efeitos do consumo sem fim de conteúdo leve e repetitivo nas redes sociais. Pense naquela maratona de vídeos curtos ou na rolagem que nunca acaba.
O termo descreve uma possível queda nas funções mentais. Sabe aquela sensação de mente cansada ou distraída depois de muito tempo online? Isso viria do uso intenso de plataformas digitais que entregam estímulos rápidos e muitas vezes superficiais.
Mas há ciência por trás disso?
Bom, ainda não existe uma prova definitiva de que as redes sociais causem danos permanentes na estrutura do cérebro. No entanto, especialistas já apontam sinais preocupantes de impactos negativos, principalmente entre os mais novos. Um estudo destacado pelo EuroNews fala sobre isso.
Os números impressionam. Segundo o CDC, nos Estados Unidos, metade dos adolescentes passa mais de quatro horas por dia na frente de telas. Pesquisas ligam esse hábito a mais casos de ansiedade, depressão, problemas de atenção e até mal-estar físico, como tontura.
Especialistas alertam que o problema vai além da quantidade de horas conectado. A qualidade do que é consumido importa muito. Conteúdo automático, a rolagem infinita e estímulos sem profundidade podem sobrecarregar a mente, diminuir a sensibilidade emocional e atrapalhar a capacidade de focar e decidir.
E tem mais: o tempo excessivo nas telas tira o espaço de interações cara a cara e atividades importantes para o cérebro se desenvolver bem. Estamos falando de brincar, praticar esportes e passar tempo com a família.
A recomendação dos profissionais é clara: é preciso criar limites. Selecionar melhor o que você assiste e busca online, buscando um equilíbrio entre o digital e as experiências da vida real. A tecnologia pode ser uma ferramenta positiva, desde que usada com consciência e moderação.