Recentes estudos sobre esqueletos do Egito Antigo revelam que os escribas, responsáveis por registrar informações essenciais da época, enfrentavam condições de trabalho que prejudicavam severamente sua saúde. As análises indicam que esses profissionais operavam em espaços apertados e mantinham posturas desconfortáveis por longos períodos, resultando em sérios problemas físicos.
Os pesquisadores constataram que as tarefas repetitivas e a necessidade de permanecer em posições fixas por muito tempo contribuíram para o desenvolvimento de osteoartrite e outras alterações degenerativas nas articulações. Os principais ossos afetados incluíam a clavícula direita, o braço direito na junção com o ombro, a parte inferior da coxa direita no encontro com o joelho, e a vértebra superior da coluna.
Além disso, foram observadas reentrâncias nas rótulas e uma superfície achatada no osso do tornozelo direito. Os estudos também apontaram desgaste nas mandíbulas, atribuído ao hábito de mastigar as pontas das hastes utilizadas para escrever.
A postura inadequada, que envolvia sentar-se de pernas cruzadas ou ajoelhado sobre a perna esquerda com a perna direita dobrada e o papiro no colo, foi identificada como uma das principais causas dos problemas de saúde dos escribas. Assim como ocorre atualmente, a má postura era uma preocupação significativa mesmo na antiguidade.
