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Curiosidades e Tecnologia

Coalizão de 11 países apreende chave de ransomware LockBit e oferece esperança a vítimas

Coalizão de 11 países desmantela a rede LockBit, apreendendo chaves e dando esperança a vítimas de ransomware.

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Ransomware

Em um esforço conjunto sem precedentes, agências de aplicação da lei de 11 países uniram forças para desferir um golpe significativo contra o LockBit, descrito como o grupo de ransomware mais ativo do globo. Essa colaboração internacional, conhecida como Operação Cronos, conseguiu tomar o controle de peças cruciais da infraestrutura usada pelo LockBit, incluindo centenas de chaves digitais essenciais para a recuperação dos dados sequestrados, além do site na dark web onde o grupo ameaçava vazar informações de quem resistia ao pagamento dos resgates.

Ransomware, para quem talvez não esteja por dentro do termo, funciona como um assalto digital. Criminosos invadem sistemas de computador, criptografam os dados armazenados ali e, em seguida, exigem um pagamento em criptomoedas para fornecer a chave que descriptografa as informações. É a tecnologia a serviço da criminalidade, impondo um desafio cada vez maior para empresas e instituições ao redor do mundo.

O LockBit, em particular, tem sido uma dor de cabeça constante para organizações de todos os tamanhos, estima-se que tenha sido responsável por um quarto de todos os ataques de ransomware nos últimos dois anos, afetando desde pequenas empresas até gigantes globais, como a Boeing, e até mesmo infraestruturas públicas em países como os EUA e o Reino Unido.

A operação Cronos, um esforço que contou com a liderança da Agência Nacional de Crimes do Reino Unido e incluiu a participação do FBI entre outras organizações, marca um ponto de virada significativo nos esforços para combater o cibercrime. Utilizando o próprio site do LockBit contra eles, as autoridades começaram a divulgar detalhes sobre o grupo, incluindo uma contagem regressiva para revelações futuras, sinalizando uma mudança tática em como os governos estão abordando a ameaça dos ransomwares.

Além das chaves de descriptografia, autoridades conseguiram assumir o controle de mais de 200 contas financeiras ligadas ao grupo, apreendendo uma quantidade desconhecida de criptomoedas. Duas prisões foram efetuadas, uma na Ucrânia e outra na Polônia, com acusações reveladas contra outros suspeitos.

Esse movimento das autoridades não apenas oferece uma nova esperança para as muitas vítimas do LockBit, fornecendo-lhes meios para recuperar seus dados sem ceder às demandas de resgate dos criminosos, mas também envia uma mensagem poderosa para outros grupos de ransomware. Embora a natureza descentralizada de tais grupos represente um desafio contínuo, a Operação Cronos demonstra a capacidade e a vontade das forças da lei de trabalhar além das fronteiras para combater essas ameaças digitais.

Este marco na luta contra o ransomware reforça o potencial da colaboração internacional e da inovação tecnológica no combate ao cibercrime, marcando um importante avanço em nossos esforços coletivos para proteger a integridade dos sistemas de informação globais.

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