China lança primeiro satélite 6G do mundo: entenda as diferenças para o 5G

A China acaba de elevar o patamar no campo da internet ao colocar em órbita o primeiro satélite de testes 6G do mundo. A iniciativa é da China Mobile, a maior operadora de telefonia global. O 6G promete um desempenho estonteante, com velocidades de conexão até 50 vezes mais rápidas que o seu antecessor, o 5G, segundo relatos da imprensa local.

A singularidade deste satélite reside em sua autonomia e classificação de “órbita-baixa”, o que o torna mais eficiente na cobertura da internet, preenchendo os chamados buracos de cobertura com mais facilidade. É digno de nota que todo o hardware e software que impulsionam esta façanha tecnológica foram produzidos internamente na China.

Acompanhando a estreia desse marco do 6G, foi também lançado um satélite de tecnologia 5G. A dupla exploração tecnológica é considerada um avanço significativo na evolução da rede móvel de internet. Este anúncio vem numa época em que muitos países ainda estão lutando para implementar completamente a conexão 5G. O Brasil é um exemplo claro disso, onde apenas cerca de 7% de suas cidades possuem legislação acomodada para acomodar a infraestrutura 5G, de acordo com um levantamento da Conexis Brasil Digital.

Entender as diferenças entre o 5G e o 6G pode nos ajudar a apreciar melhor a relevância desta nova tecnologia. Para começar, a arquitetura do satélite 6G é diferente de suas versões anteriores. Enquanto a 3G, a 4G e, até mesmo a 5G, ainda dependem e estão próximas a uma antena de conexão, o 6G irá integrar vários pontos de conexão, formando uma malha de cobertura.

Adicionalmente, a “órbita baixa” do satélite 6G também terá o benefício de reduzir os atrasos, proporcionando uma latência de 1 milissegundo. Ainda mais impressionante é a incorporação de tecnologia de inteligência artificial no 6G para auxiliar na minimização de quedas e perdas de pacotes, otimização de consumo de energia e aprimoramento do desempenho dos dispositivos.

Ao que parece, a previsão estabelecida pelo perito em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, é que os testes e definições de especificações para o 6G ocorrerão em 2028, com a possibilidade de a tecnologia se tornar global até 2030. Com tais avanços, a exploração do espaço cibernético acaba de se tornar ainda mais atraente e intrigante para os aficionados por tecnologia.