A startup Cerebras, fundada em 2016 no Vale do Silício, anunciou sua intenção de abrir capital na Nasdaq, sob o símbolo CBRS, com o objetivo de desafiar a Nvidia, que atualmente controla 90% do mercado de chips de inteligência artificial. A empresa começou a ganhar destaque em 2020 e já possui alguns clientes, embora ainda tenha uma participação modesta no setor.
Os chips de IA são fundamentais para o treinamento de máquinas, e a demanda por essa tecnologia está em alta. Apesar do crescimento do setor, a concorrência é limitada, com gigantes como Amazon e Microsoft tendo entrado tardiamente na corrida. A Nvidia, por sua vez, reportou um aumento significativo em sua receita e lucros, refletindo a crescente demanda por seus produtos.
O diferencial da Cerebras é seu chip, que é o maior do mundo, com dimensões quase 56 vezes superiores aos chips tradicionais. A empresa afirma que essa inovação permite um desempenho superior, com a capacidade de treinar sistemas de IA entre 100 e 1.000 vezes mais rápido do que as soluções existentes. Embora o chip não seja projetado para robôs humanoides, ele é ideal para grandes centros de dados, onde pode acelerar o progresso em diversas aplicações de IA.
Entretanto, o clima no mercado é de cautela, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando. Apenas 82 empresas abriram capital nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2023, o que torna a decisão da Cerebras de seguir com seu IPO uma jogada ousada.
