A BYD registrou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil o visual do BYD Dolphin 2027, que mantém o desenho já mostrado pela marca na China. O documento revela mudanças importantes por fora e por dentro, e também ajustes na parte mecânica — mas, por enquanto, não há data definida para a estreia no país.
Visual e segurança
Por fora, o Dolphin ganhou um tratamento pensado para aumentar a proteção em atropelamentos e colisões. A carroceria passou a seguir o padrão do Dolphin Plus, com balanço dianteiro mais longo, lanternas e faróis novos e para‑choques de linhas mais orgânicas. Em outras palavras: parece uma evolução no estilo e na segurança do modelo.
Por dentro
O interior recebeu um redesenho funcional. O painel agora tem um compartimento fechado no lugar do porta‑objetos que ficava sob a multimídia giratória; os botões de atalho foram reposicionados para baixo; e o console central foi refeito e incorporou um carregador sem fio e até uma pequena geladeira com função de aquecimento. O seletor de marchas saiu do painel e virou uma haste na coluna, posicionada atrás do volante — como em alguns carros mais recentes.
Tecnologia e sensores
Em eletrônica, o quadro de instrumentos aumentou de 5 polegadas para 8,8 polegadas, enquanto a central multimídia manteve o mesmo tamanho. O modelo também passou a oferecer conectividade 5G. No exemplar registrado havia um conjunto robusto de sensores e câmeras, incluindo:
- quatro câmeras de visão 360º;
- três câmeras no para‑brisa;
- cinco radares de ondas milimétricas;
- cinco câmeras de visão noturna;
- doze radares ultrassônicos.
Mas será que todos esses itens virão para as versões brasileiras? A BYD ainda não confirmou quais recursos avançados de segurança da versão chinesa serão mantidos por aqui.
Mecânica e baterias
Houve mudança na oferta de potência. Além das versões já conhecidas, apareceu uma opção intermediária com 29,5 kgfm e 177 cv. As demais alternativas são:
- versão Plus: 31,6 kgfm e 204 cv;
- modelo GS: 18,4 kgfm e 95 cv.
As capacidades de bateria ficaram em 45,1 kWh na versão de entrada e 60,5 kWh na topo de linha. As potências de recarga anunciadas foram de 80 kW e 110 kW, respectivamente — números que sinalizam maior demanda por estações de recarga rápidas.
Impacto no Brasil
O registro no INPI reacendeu a discussão sobre a necessidade de ampliar a infraestrutura de recarga no país, em especial na Bahia, onde a frota de elétricos vem crescendo. Isso pode beneficiar tanto Salvador quanto cidades do interior, como Paulo Afonso, e exige preparação da rede elétrica local para atender estações rápidas.
Do ponto de vista de mercado, o novo Dolphin surge como atualização do portfólio da BYD no Brasil e pode influenciar a adoção de carros elétricos em diferentes regiões, além de trazer demandas por serviços de pós‑venda e suporte técnico.
Em resumo: o BYD Dolphin 2027 foi oficialmente registrado no Brasil com mudanças visuais, internas e mecânicas claras, mas ainda depende de um anúncio oficial da fabricante para sabermos quando — e em que configuração — chegará às ruas brasileiras.

