O Brasil concentra atualmente 433 mil pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão, segundo o Global Wealth Report 2025, do banco suíço UBS, e lidera o ranking de milionários na América Latina. Ao todo, o país ocupa a 19ª posição entre 56 nações avaliadas, sendo o único representante latino-americano no top 20 global.
No recorte regional, o México aparece em segundo lugar, com 399 mil milionários, seguido por Chile (66.109), Colômbia (44.810) e Uruguai (17.675). Em todo o mundo, os Estados Unidos seguem na liderança, com 23,8 milhões de milionários, e a China figura em segundo, com 6,3 milhões.
Entre 2023 e 2024, o número de milionários no Brasil cresceu 1,6%, alcançando um aumento constante na última década. O UBS projeta que, até 2028, o país deve somar cerca de 464 mil indivíduos com patrimônio igual ou superior a US$ 1 milhão. O estudo define “riqueza” como o valor total de ativos financeiros e imóveis, descontadas dívidas.
Apesar do avanço no topo da pirâmide, o relatório aponta forte desigualdade de riqueza: o Brasil lidera o coeficiente de Gini entre as nações avaliadas, com índice de 0,82, indicando concentração elevada de patrimônio. México (0,72), Chile (0,71) e Colômbia (0,74) também apresentam altos níveis de desigualdade regional.
Analistas atribuem o fortalecimento da base de milionários à estabilidade do dólar, ao desempenho positivo dos mercados financeiros e ao dinamismo de setores como agronegócio, tecnologia e serviços financeiros, que vêm ampliando oportunidades de investimento e geração de riqueza.
Os dados reforçam o protagonismo brasileiro na região em termos de alta renda e merecem atenção para políticas que promovam inclusão e transferência de patrimônio nas próximas décadas.
No último ano, o avanço de 1,6% no número de milionários reflete o cenário macroeconômico favorável e a resiliência do mercado de capitais, consolidando o Brasil como principal polo de riqueza da América Latina.