Os sistemas do governo brasileiro estão sob constante ameaça cibernética. Segundo dados recentes do Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos do Governo (CTIR-Gov), foram registrados 4,7 mil incidentes até 1º de julho de 2024, um aumento significativo em relação aos 2,3 mil casos registrados no mesmo período do ano anterior.
Os números representam um retorno aos níveis observados em 2020, quando o órgão registrou pela primeira vez 4,4 mil incidentes no mesmo período. Entre os tipos de ataques estão invasões, páginas falsas, e-mails com vírus e outros conteúdos maliciosos, além de vazamentos de dados.
No histórico de ataques cibernéticos, 2020 foi o ano mais crítico, com 7,2 mil incidentes. Após uma queda gradual até 2022, que contabilizou 3,4 mil casos, o número voltou a subir em 2023, chegando a 4,9 mil incidentes.
Os meses de janeiro, março e abril de 2024 destacaram-se com o maior número de registros, sendo abril o mais crítico, com 1,2 mil incidentes. Este foi o mês com a maior quantidade de eventos adversos em sistemas ou redes do governo brasileiro.
Na última terça-feira (23), um suposto ataque ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do governo federal deixou o sistema fora do ar por dias. Em comunicado na quinta-feira (25), o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informou aos seus servidores sobre um “incidente grave de segurança cibernética” que afetou várias soluções tecnológicas, incluindo o SEI.
O ministério ainda afirmou que as equipes estão trabalhando para garantir a integridade e a segurança dos dados.
