A busca por novas fontes de energia é uma prioridade para a humanidade, e as baterias nucleares, ou baterias atômicas, estão se destacando como uma solução inovadora. Esses dispositivos geram energia através de reações nucleares, utilizando isótopos instáveis que emitem partículas e geram calor intenso.
Recentemente, a startup Betavolt Technology, da China, anunciou uma bateria nuclear que pode funcionar por até 50 anos sem recarga, composta por níquel-63 e camadas de diamante sintético. No Brasil, um projeto em desenvolvimento visa criar uma bateria que utiliza o calor da decomposição do isótopo de amerício, com uma duração impressionante de até 200 anos.
Diante da crescente preocupação com a escassez de recursos naturais e a necessidade de proteger o meio ambiente, as baterias nucleares se apresentam como uma alternativa viável, pois não causam danos à natureza. Uma única bateria nuclear pode abastecer entre 7 mil e 8 mil residências, sendo capaz de alimentar um shopping ou um data center de médio porte. Além disso, essa tecnologia pode ser utilizada para dessalinização de água potável, beneficiando mais de 150 mil pessoas.
Os microrreatores, que são uma versão compacta dessa tecnologia, possuem um design padronizado que facilita a produção em massa. Eles combinam um minirreator nuclear com uma turbina, gerando energia com uma pegada de carbono reduzida. A instalação de uma unidade pode ser realizada rapidamente, em poucos dias ou semanas, minimizando o impacto ambiental e ajudando na recuperação de biomas.
Atualmente, os microrreatores estão em desenvolvimento tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, com previsão de lançamento até 2050, segundo Kugelmass, CEO da Startup Last Energy.