A Apple lançou o novo iPhone Air que funciona apenas com eSIM, ou seja, sem cartão SIM físico. O aparelho permite trocar de operadora ou plano sem abrir a bandeja do SIM — uma mudança que ganhou atenção em Salvador, na Bahia, por afetar operadoras locais, políticas de educação digital e até o turismo.
O eSIM (Módulo de Identidade do Assinante virtual) já estava presente em alguns celulares. Nos Estados Unidos, modelos sem slot físico existem desde 2022. Enquanto isso, outros lançamentos da Apple — como o iPhone 17, 17 Pro e 17 Pro Max — mantiveram a bandeja em grande parte dos países. Fabricantes como Samsung e Google também passaram a oferecer o eSIM como opção.
O que dizem as projeções? Analistas estimaram que haveria 1,3 bilhão de smartphones com eSIM em uso até o fim de 2025, chegando a 3,1 bilhões até 2030. Com isso, a tendência é que a bandeja do cartão SIM físico vá desaparecendo aos poucos.
Vantagens práticas e ambientais
Na prática, o eSIM traz ganhos que vão além do conforto:
- redução de plástico ao eliminar o cartão físico;
- liberação de espaço interno no aparelho, o que pode permitir baterias maiores;
- facilidade para trocar de operadora, especialmente durante viagens internacionais;
- gestão de planos totalmente online, reduzindo a necessidade de ir a lojas físicas.
Mas e os desafios? Para começar, a transição exige programas de educação do consumidor — especialmente para pessoas mais idosas ou com menos familiaridade tecnológica. Em Salvador e no resto da Bahia, isso significa que as operadoras vão precisar adaptar planos, processos de ativação remota e o atendimento, que provavelmente terá menos demanda presencial.
O setor de turismo na Bahia pode se beneficiar, porque visitantes terão mais facilidade para ativar planos e gerenciar conexões durante a viagem. Ao mesmo tempo, escolas e iniciativas de inclusão digital devem incluir orientações sobre eSIM para reduzir dúvidas e aumentar a adesão.
Em resumo: espera-se uma rápida expansão do eSIM e a consequente redução do uso do SIM físico, mas isso vem acompanhado da necessidade clara de capacitação dos consumidores e de atualização dos sistemas pelas operadoras.