Apple busca caminhos para escapar dos impostos de Donald Trump, e o Brasil surge como um ponto importante nessa estratégia global. A empresa planeja expandir a montagem de iPhones na fábrica da Foxconn em Jundiaí, no interior de São Paulo. Essa movimentação mostra como a Apple está repensando sua produção mundial.
Atualmente, a fabricação dos famosos smartphones está concentrada na China, o que pode aumentar muito o custo final devido às altas taxas impostas pelos EUA. No Brasil, a situação é bem diferente: as tarifas de Trump ficam em apenas 10%. Essa diferença enorme torna a produção brasileira atraente, inclusive para exportação para o mercado americano.
A parceria de longa data com a Foxconn já rende frutos por aqui. A fábrica de Jundiaí já monta modelos como o iPhone 13, 14 e 15. Mais recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu o aval para a produção do próximo lançamento, o iPhone 16, no país.
Apple acelera a diversificação global
As tarifas americanas contra a China criaram uma verdadeira disputa comercial. Com fábricas significativas no país asiático, a Apple precisa encontrar formas de reduzir sua dependência. Por isso, a empresa aposta na fabricação em outras nações além da Índia, como Vietnã e, quem sabe, o Brasil se consolide nessa lista.
- Quase metade dos iPhones vendidos nos Estados Unidos já vêm da Índia.
- A maior parte de Macs, iPads, AirPods e Watches é produzida no Vietnã.
- O restante dos produtos Apple, incluindo muitos iPhones, ainda é feito na China.
Mas não é só a montagem que importa; a origem dos componentes também é crucial. Tim Cook, CEO da Apple, comentou em uma teleconferência recente que muitos dos chips usados nos iPhones já são fabricados nos próprios Estados Unidos.
Olhando para o futuro, a Apple quer diminuir ainda mais a dependência da China. De acordo com o jornal Financial Times, a expectativa é dobrar a produção anual de iPhones na Índia. Esse movimento reforça a estratégia da empresa em espalhar sua cadeia produtiva pelo mundo.