Segundo o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, a Apple conversou com o Google sobre integrar o modelo de inteligência artificial Gemini — com cerca de 1,2 trilhão de parâmetros — à assistente Siri. O acordo chegaria a cerca de US$ 1 bilhão por ano.
O que foi testado
A Apple vinha planejando relançar a Siri com recursos de IA e, durante a avaliação, testou diferentes soluções comerciais, entre elas:
- Gemini (Google)
- ChatGPT (OpenAI)
- Claude (Anthropic)
No início de 2025, segundo o relato, a empresa optou por complementar a assistente com a tecnologia do Google.
Como o Gemini seria usado
O Gemini seria aplicado principalmente nos componentes de resumo e planejamento da Siri — ou seja, para sintetizar informações e decidir a melhor maneira de executar tarefas mais complexas. Outras funcionalidades continuariam a ser geridas por modelos próprios da Apple.
Privacidade e infraestrutura
E a privacidade? Para preservar dados de usuários, o processamento do Gemini estava previsto para ocorrer na nuvem privada da Apple, o Private Cloud Compute, evitando que a infraestrutura do Google armazenasse diretamente informações pessoais.
Fontes disseram que as negociações estavam avançadas, mas os termos ainda podiam mudar nos meses que antecediam o relançamento. A intenção da Apple foi descrita como temporária: a empresa seguirá desenvolvendo seus próprios modelos de grande porte, com o objetivo de ter um sistema na ordem do trilhão de parâmetros disponível para aplicações de consumo já no ano seguinte.
Com a divulgação das conversas, houve reação momentânea do mercado: as ações da Apple subiram para cerca de US$ 271,70 e as do Google para aproximadamente US$ 286,42. Procuradas pela Bloomberg, representantes de ambas as empresas não comentaram o assunto.

