Em Salvador, na Bahia, surgem sinais de que a Apple está mais confiante em dobráveis. Relatórios do analista Ming‑Chi Kuo, ligado à cadeia de suprimentos na Ásia, apontam que a empresa aumentou a meta de produção para 8 a 10 milhões de iPhones dobráveis em 2026 e projeta um salto em 2027, com possibilidade de chegar a 25 milhões de unidades.
Os números foram lidos como um voto de confiança no novo formato. As mesmas fontes indicaram ainda que a Apple vem projetando um iPad dobrável para 2028. Ambos os aparelhos deveriam usar vidro ultrafino (Ultra‑Thin Glass, UTG) fornecido pela taiwanesa General Interface Solution (GIS), que também teria exclusividade na laminação usada no Vision Pro.
O aumento planejado coloca a Apple em confronto direto com a sul‑coreana Samsung. Relatórios do setor dizem que a Samsung pretende produzir cerca de 2,4 milhões de unidades do Galaxy Z Fold7 — um avanço de aproximadamente 9% sobre o ano anterior — número bem menor que as projeções atribuídas à Apple.
“Acredito que isso vem de uma demanda reprimida por um dobrável para iOS”, disse o analista Anshel Sag, da Moor Insights & Strategy, ao site ZDNET.
Especificações e expectativas
- Espessura: entre 9 e 9,5 mm quando dobrado e cerca de 4,5 a 4,8 mm aberto.
- Chassi em titânio e dobradiça com metal líquido, para reduzir o vinco.
- Tela interna com resolução estimada em 2.713 × 1.920 pixels e externa em 2.088 × 1.422 pixels.
- Conjunto de quatro câmeras.
O que isso significa para o Brasil? A expectativa de maiores volumes reacende debates sobre preço, disponibilidade e impacto no varejo de smartphones dobráveis. Em centros de comércio como Salvador, lojistas e consumidores passaram a acompanhar de perto as estimativas de volume e os prazos.
Fontes do setor indicam lançamento da linha de iPhones dobráveis no final de 2026. Ainda assim, a disponibilidade global — e, por consequência, a chegada ao varejo brasileiro — dependerá da expansão da produção e da capacidade dos fornecedores asiáticos de UTG.
Em resumo: os números mostram ambição e otimismo, mas a chegada efetiva às lojas vai depender de fábricas, fornecedores e logística — fatores que vão definir, de fato, preço e prazo aqui no Brasil.

