Um estudo feito pelo MIT Technology Review Insights, com apoio da Telstra – uma gigante das telecomunicações australiana –, traz um dado surpreendente: apenas 9% dos líderes empresariais ao redor do mundo estão realmente aplicando a inteligência artificial (IA) em suas operações de maneira significativa. Isso ocorre apesar de haver um grande entusiasmo sobre o potencial dessa tecnologia para transformar os negócios.
Mais de 300 lideranças foram consultadas, revelando um otimismo sobre o futuro da IA, mas ao mesmo tempo, mostrando que há obstáculos significativos na caminhada para sua implementação ampla. Os principais entraves mencionados foram a infraestrutura adequada, os custos elevados de investimento e questões legais.
IA no Horizonte das Empresas
Apesar dos desafios, a esperança ainda brilha para a IA. Uma grande parte (85%) dos entrevistados planeja adotar a IA para tarefas básicas até 2024. Contudo, menos de um terço acredita que suas companhias estão prontas para esse salto tecnológico.
Onde a IA chama atenção?
- A área de atendimento ao cliente é a mais cobiçada, com 77% dos líderes desejando investir na IA para melhorar essa função.
- Problemas orçamentários impedem 56% das empresas de se aprofundarem na IA, especialmente na IA generativa, que ganhou os holofotes com o lançamento do ChatGPT.
- Considerações sobre regulamentação e privacidade de dados são grande empecilho, amplamente citado por 80% dos entrevistados.
Ainda assim, uma visão positiva prevalece. Seis em cada dez líderes acredita que a IA generativa vai revolucionar suas indústrias nos próximos cinco anos, e 78% veem nisso uma vantagem competitiva, enquanto apenas 8% consideram uma ameaça.
Um relatório separado da McKinsey estima que a IA generativa poderia adicionar até 4,4 trilhões de dólares anuais à economia global, impactando setores como vendas, marketing, atendimento ao cliente, desenvolvimento de software e pesquisa e desenvolvimento.
Em resumo, a jornada para a adoção da IA nas empresas está apenas no começo, com líderes otimistas, mas cautelosos sobre as barreiras e o potencial dessa tecnologia.