No Brasil, a campanha de vacinação contra a dengue, iniciada em 9 de fevereiro, enfrenta desafios significativos para atingir seu público-alvo. Das 1.235.119 vacinas distribuídas a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, apenas 182.204 doses foram administradas, representando 14,75% do total. Esses municípios estão em 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença.
A capital do país, o Distrito Federal, destaca-se por ser pioneira na vacinação, mas até agora, apenas 32% das crianças de 10 e 11 anos foram vacinadas, deixando aproximadamente 48 mil doses ainda disponíveis. O governo local enfatiza a importância de utilizar todas as doses antes do vencimento em 30 de abril e está considerando expandir o público-alvo para maximizar o uso da vacina.
O Distrito Federal, com um coeficiente de incidência de 3.647 casos por 100.000 habitantes, e o Rio de Janeiro, onde apenas 18% das crianças elegíveis foram vacinadas, exemplificam as dificuldades enfrentadas na luta contra a dengue, que continua a ser uma das maiores preocupações de saúde pública na região.
A pediatra Natália Bastos, com mais de 15 anos de experiência no atendimento a crianças e adolescentes, apela aos pais para que vacinem seus filhos com a Qdenga, uma vacina comprovadamente segura e eficaz, desenvolvida pelo laboratório Takeda. Ela ressalta que o esquema vacinal completo oferece cerca de 80% de eficácia, com efeitos colaterais menores em comparação aos riscos apresentados pela dengue. Natália também destaca a acessibilidade da vacina no sistema público de saúde, incentivando a imunização imediata para evitar a propagação da doença.
