A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária vermelha, patamar 1, será mantida nas contas de luz em julho de 2025. Com a decisão, os consumidores de todo o país continuarão pagando uma taxa extra de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que representa um aumento significativo no valor final da fatura mensal.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, serve para indicar aos consumidores as condições de geração de energia no Brasil. Quando as condições são desfavoráveis, como ocorre atualmente, a Aneel aciona bandeiras que resultam em cobranças adicionais. A bandeira vermelha patamar 1 é ativada quando há necessidade de utilizar fontes de energia mais caras, como as usinas termelétricas, devido à baixa disponibilidade de recursos hídricos.
Segundo a Aneel, o principal motivo para a manutenção da bandeira vermelha é o volume de chuvas abaixo da média em diversas regiões do país, o que reduz a produção de energia pelas hidrelétricas. Para suprir a demanda, é preciso acionar as termelétricas, que têm custo de geração mais elevado. “Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração”, informou a agência em nota oficial.
O impacto para o consumidor é direto: a cada 100 kWh consumidos, será cobrada uma taxa extra de R$ 4,46. Para uma família que consome 200 kWh por mês, por exemplo, o acréscimo será de R$ 8,92 na conta de luz. Nas redes sociais, muitos consumidores manifestaram preocupação com o aumento das despesas, especialmente em um cenário de inflação e orçamento apertado. Especialistas em energia reforçam a importância do uso consciente e eficiente da eletricidade para evitar surpresas no fim do mês.
Nos meses anteriores, a bandeira tarifária passou por diferentes patamares. Em abril, estava verde, sem cobrança extra. Em maio, foi acionada a bandeira amarela, e desde junho, a bandeira vermelha patamar 1 está em vigor, refletindo o agravamento das condições de geração de energia no país.
A Aneel orienta que os consumidores adotem medidas de economia, como evitar o uso de aparelhos elétricos em horários de pico, desligar equipamentos que não estejam em uso e optar por lâmpadas de baixo consumo. O órgão reforça que a economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico.