O mercado de smartphones no Brasil registra uma alteração significativa no perfil de consumo. Levantamento recente da Allu, especializada em assinaturas de eletrônicos, indica que um número crescente de brasileiros está preferindo alugar aparelhos celulares em vez de adquiri-los. Nos primeiros seis meses deste ano, a empresa contabilizou aproximadamente 30 mil novas contratações, um salto de 158% se comparado ao período similar de 2023. Essa mudança de comportamento é amplamente atribuída ao cenário de insegurança no país.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que, mesmo com uma retração de 13% em relação a 2023, o ano de 2024 registrou um total de 910 mil celulares roubados ou furtados em território nacional. Este dado se traduz em uma média diária de cerca de 2.500 aparelhos subtraídos. As capitais São Luís, Belém, São Paulo e Salvador apresentam os maiores índices de ocorrências. A capital paulista, por exemplo, vivenciou uma média de um smartphone furtado a cada três minutos somente nos meses de janeiro e fevereiro.
Economia e Proteção
Além da percepção de segurança, o aspecto financeiro também impulsiona a adesão ao aluguel. A análise de mercado revela que, em muitos casos, o custo mensal do aluguel é mais vantajoso. Um modelo como o iPhone 16 Pro Max, que pode ter parcelas de compra de R$ 830, estaria disponível para aluguel por cerca de R$ 630 mensais. Similarmente, o Samsung Galaxy S25, com valor de compra estimado em R$ 419 por mês, seria alugado por aproximadamente R$ 416.
Um diferencial notável dos serviços de aluguel é a inclusão de seguro contra roubo ou furto. A Allu informou que, neste ano, mais de trezentas pessoas que utilizam seus serviços de assinatura acionaram a apólice de seguro devido a incidentes de roubo ou furto. No Brasil, apenas cerca de 10% dos celulares em circulação possuem alguma cobertura de seguro, o que reforça o apelo do modelo de locação para quem busca maior proteção e tranquilidade.
