A Alibaba deu um passo claro em direção ao consumidor: lançou um assistente de chatbot com inteligência artificial integrado ao app Quark, segundo a Reuters. A empresa reposicionou o Quark — que começou como navegador — para oferecer busca avançada e interação por voz ou texto, e disse que o serviço será gratuito para todos os usuários do aplicativo.
O novo assistente se baseia nos modelos Qwen3 e traz melhorias no raciocínio, na compreensão e na execução de tarefas. Ele responde em tempo real, tanto por texto quanto por voz, e pode entregar informações e serviços na hora.
“Com os modelos Qwen3 mais recentes, nosso assistente de bate-papo oferece recursos aprimorados de raciocínio, compreensão e execução, proporcionando uma experiência mais completa para os usuários”, afirmou a Alibaba.
Historicamente, a Alibaba focava suas soluções de IA em clientes corporativos. Depois das dificuldades com o app Tongyi AI, lançado em 2023, a empresa passou a mirar mais no público final.
Ao migrar o foco para consumidores, a Alibaba entra num mercado competitivo na China, dominado por nomes como ByteDance e Tencent, e também enfrenta concorrentes globais como Gemini e ChatGPT.
Recursos principais
- Interação por texto e por voz com respostas em tempo real;
- Capacidade de fornecer informações e serviços de forma instantânea;
- Integração com busca avançada e funcionalidades de consumo dentro do app;
- Base tecnológica nos modelos Qwen3;
- Expansão da atuação para dispositivos vestíveis.
Quark AI — óculos inteligentes
Além do chatbot, a Alibaba abriu pré-venda dos óculos inteligentes Quark AI na plataforma Tmall. O dispositivo combina recursos de IA para interação e produtividade, com chamadas viva-voz, streaming de música e tradução de idiomas em tempo real.
O preço de lançamento foi de 4.699 yuans (US$ 659,37 / R$ 3.300). O anúncio foi bem recebido pelo mercado: as ações da Alibaba fecharam em alta de quase 1,7% em Hong Kong.
O que isso significa para o usuário comum? Basicamente, a Alibaba está tentando tornar a IA mais acessível no dia a dia — tanto pelo celular quanto por dispositivos vestíveis — como parte de uma estratégia para conquistar consumidores e ampliar sua presença no mercado de wearables.

