O câncer de mama agora ocupa o topo da lista como o tipo de câncer mais comum, superando até mesmo o de pulmão. Em resposta a isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um desafio ambicioso: reduzir o número de mortes causadas por essa doença em 2,5% anualmente até 2040. Isso representaria salvar a vida de cerca de 2,5 milhões de pessoas. No entanto, um estudo recente trouxe à tona os desafios significativos que precisam ser superados para atingir essa meta.
Desafios no combate ao câncer de mama
De acordo com o estudo divulgado na prestigiada revista científica The Lancet, existem vários obstáculos no caminho. Entre eles, a desinformação e o estigma ligado à doença, juntamente com a desigualdade no acesso a tratamentos disponíveis, estão complicando o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama. A pesquisa foi desenvolvida por uma equipe de especialistas em oncologia, radioterapia e epidemiologia de vários países.
A falta de conhecimento sobre o câncer de mama é apontada como uma barreira crítica. Essa lacuna de informação afeta tanto a maneira como os profissionais da saúde abordam a doença quanto a percepção das próprias pacientes, que muitas vezes adotam uma atitude cética e demoram a buscar ajuda profissional.
A subnotificação de casos avançados
Outro aspecto preocupante destacado pelo estudo é a subnotificação de casos de metástase, situação em que o câncer se espalha para outras partes do corpo. Essa questão dificulta o planejamento adequado e a oferta de cuidados essenciais. Como solução, os pesquisadores enfatizam a necessidade de promover a inclusão social das pacientes. Isso inclui medidas como flexibilizações no ambiente de trabalho e projetos voltados para mudar a percepção da doença na sociedade.
Em suma, enquanto o mundo encara a realidade de um aumento nos casos de câncer de mama, é claro que a chave para diminuir a mortalidade causada pela doença está não apenas em avanços médico-científicos mas também em superar barreiras sociais e informativas.
