Na segunda-feira (1º), investidores deram sinais de otimismo com os resultados do Alibaba Group — e essa movimentação teve até reflexos indiretos na Bahia.
As ações da empresa subiram mais de 19% na sessão e alcançaram a maior cotação desde março deste ano, em reação aos números financeiros e às novidades em tecnologia.
Os números
Os dados mostraram que a receita do segundo trimestre foi de US$ 34,73 bilhões (mais de R$ 188 bilhões), um avanço de 2% ante o mesmo período do ano passado. O lucro líquido, por sua vez, saltou 78% na comparação anual.
A força por trás desses resultados foi, em boa parte, a unidade de computação em nuvem, que apresentou crescimento de receita de 26% em relação ao mesmo período de 2024.
Tecnologia e estratégia
A companhia também revelou que está desenvolvendo um novo chip de inteligência artificial voltado para inferência — a etapa em que modelos processam novos dados para gerar previsões. Mas, diferente de fabricantes como a Nvidia, o Alibaba informou que não venderá o chip a clientes externos; em vez disso, oferecerá o poder de computação como serviço, permitindo que clientes aluguem a capacidade da empresa. A companhia não detalhou quando o dispositivo será lançado.
Os produtos relacionados à IA continuaram com crescimento de três dígitos pelo oitavo trimestre consecutivo.
Em resumo
- Ações: +19% na sessão.
- Receita: US$ 34,73 bilhões (≈ R$ 188 bilhões), +2%.
- Lucro líquido: +78%.
- Nuvem: +26% de receita.
- IA: crescimento de três dígitos pelo 8º trimestre; novo chip para inferência, sem venda direta ao público.
O que isso significa para investidores e para o mercado? Em poucas palavras: números melhores, foco crescente em serviços de computação e uma aposta em monetizar IA por meio de infraestrutura — uma estratégia que pode abrir novas fontes de lucro, mesmo sem a venda direta do chip.
As informações foram divulgadas pela imprensa financeira, com destaque para reportagens da CNBC.