Ela encontrou um novo amor, mais tempo para si mesma e coragem para aprender a nadar. Fátima Bernardes não poderia terminar 2018 mais feliz. Aos 56 anos, aprendeu a rir dos próprios memes, encarar fobias e deixar de ser controladora: “Foi um ano muito especial”
Amanhã, quando você estiver acordando da noitada de ano novo, Fátima Bernardes, provavelmente, já terá mostrado para o Brasil como conseguiu superar o medo de nadar. “Medo, não: pânico, fobia”, diz a apresentadora. Para que pudesse dar algumas braçadas no mar no “Nunca Fiz”, quadro do programa “Encontro” que estreia esta semana, Fátima encarou 70 aulas individuais de natação e algo muito pior: o próprio espírito controlador. “Sou centralizadora. Mesmo com três filhos, deixava separadas as roupas que queria que eles usassem. Queria definir até a cor da sopa que estava na geladeira”, assume.
Aos 56 anos, ela aprendeu que rigor e rigidez são coisas distintas. Separada do jornalista William Bonner há dois anos e longe da bancada do “JN” há sete, está mais leve do que nunca. Se foram as sessões de terapia, a prática de mindfullness ou o namoro com o deputado federal Túlio Gadelha (PDT), 25 anos mais jovem, não importa. “A vida surpreende quem não está com o freio puxado”, acredita.
Que balanço faz de 2008?
Foi o ano que mais dediquei a mim. Com filhos grandes, casa funcionando, novo amor e o programa indo bem, olhei para mim. Aumentei as aulas de dança e topei o desafio de encarar a natação, um bloqueio. Floresci, olhei para as redes sociais, para os meus fãs. Foi um ano especial. Quando saí do “JN” para o “Encontro”, muita gente falou: “Nossa, como você está mais solta”. Sete anos depois, estou mais solta ainda. Com a separação, vivi um baque, né? Por mais que tenha sido de comum acordo, sempre dói. Um ano e pouco depois, você volta a namorar… e ganha outro estado de espírito.
Por que o medo de nadar?
Morava na Zona Norte, longe da praia, não tinha amigos com piscina. Não via necessidade de nadar. Aos 17 anos, fiz natação na faculdade de comunicação da UFRJ, mas não aprendi e não trabalhei o medo. Imagina uma pessoa que não mergulha, não sai de perto da borda. Sabe fraldão? Aquele biquíni que vai enchendo de areia? Era eu na praia. Você não tem ideia do que eu fazia: baldinho, água termal, spray…