A 8ª Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou nesta quarta-feira (18) a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), a 2 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Cláudia é acusada pelo Ministério Público Federal de ter recebido em uma conta secreta na Suíça parte da propina paga a Eduardo Cunha por contratos ilegais firmados com a Petrobras.
O julgamento começou em maio passado, quando os desembargadores João Pedro Gebran Neto (relator) e Leandro Paulsen (revisor) votaram pela condenação de Cruz. Nesta quarta, o terceiro membro da turma, Victor Luiz dos Santos Laus, que havia pedido mais tempo para analisar a ação, anunciou seu voto e também condenou a jornalista.
Com a decisão, o TRF4, tribunal de apelação da Lava Jato, reforma a decisão tomada no ano passado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR), que absolveu Cruz dos crimes mencionados.
Para Moro, não havia provas suficientes de que a mulher de Cunha “agiu com dolo” (quando há intenção de cometer os crimes). Segundo o magistrado, a negligência de Cláudia não seria “suficiente para condená-la por lavagem dinheiro”.
