Imagens gravadas pelas câmeras instaladas por uma filha de 36 anos mostraram um homem praticando abuso sexual contra a mãe dela, uma mulher de 59 anos debilitada e em grande parte acamada. As filmagens, divulgadas nas redes sociais em 4 de novembro de 2025, apontam que o suspeito — um amigo antigo da família de 62 anos — aproveitava a condição de saúde da vítima para cometer os atos.
Segundo a família, as câmeras foram colocadas no quarto dos pais em Senhor do Bonfim, na Bahia, com a finalidade de monitorar a saúde dos dois, que têm deficiência. A mãe, que não tem capacidade de fala, ficou exposta a toques e beijos explícitos enquanto permanecia na cama; o pai, também de 62 anos e com deficiência visual, estava no mesmo quarto sem perceber as ocorrências.
Apuração e providências
As gravações foram levadas à equipe de saúde que acompanhava o caso. Após a coleta das provas, uma enfermeira registrou boletim de ocorrência na Delegacia Territorial (DT) de Pindobaçu. O caso foi então encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que emitiu parecer favorável ao pedido de prisão preventiva do suspeito.
O pedido inicial de prisão preventiva, porém, foi indeferido pela juíza responsável, que entendeu que o homem não representaria risco à sociedade. O suspeito foi intimado a depor e, ao ser confrontado com as imagens, teria confessado os fatos, segundo a investigação.
“De mãos atadas”, disse a enfermeira ao descrever a sensação diante desse desfecho judicial.
Apesar da confissão e das provas documentais, o homem permaneceu em liberdade enquanto a Justiça analisava um novo pedido de prisão preventiva. O caso segue sob investigação e com acompanhamento do Ministério Público.
Resumo dos principais pontos
- Vítima: mulher de 59 anos, debilitada e em grande parte acamada.
- Suspeito: amigo da família, 62 anos, que afirmou ter cometido os atos após ser confrontado com as imagens.
- Locais citados: gravações divulgadas em Pindobaçu (BA); câmeras instaladas no quarto dos pais em Senhor do Bonfim (BA).
- Situação processual: provas entregues ao setor de saúde e à polícia; pedido inicial de prisão preventiva indeferido; investigação em curso com acompanhamento do MP-BA.
Fica a preocupação sobre a proteção às pessoas mais vulneráveis e a sensação de impunidade sentida por quem acompanhou o caso. A família e as equipes envolvidas continuam buscando as providências necessárias enquanto o processo corre na Justiça.

