Em fevereiro, a Meta começou a liberar, de forma gradual, no Brasil a nova categoria de contas chamada Teen Accounts, que já chegou a cidades como Salvador, na Bahia. A proposta é simples: dar mais proteção a quem tem entre 13 a 16 anos, com regras e limites pensados para adolescentes.
O que muda na prática
Uma das principais alterações é que a conta desses jovens passa a ser privada por padrão, ou seja, só quem for aprovado pelo dono do perfil vê as postagens. Quem criou conta na faixa dos 13 aos 16 teve as configurações de segurança ativadas automaticamente; quem já tinha perfil nessa faixa etária foi notificado para migrar ao novo modelo e ganhar as mesmas proteções.
Entre as mudanças de interação e visibilidade estão:
- Mensagens diretas e comentários ficam restritos principalmente a contatos conhecidos — principalmente quando o remetente é um adulto que não faz parte da rede do adolescente.
- A plataforma aplica filtros para conteúdo sensível e reduz a exposição do perfil em buscas e recomendações.
- Pessoas que o adolescente não segue não podem marcar, mencionar ou remixar o conteúdo dele.
- O Instagram também desfoque automaticamente imagens de nudez e limita transmissões ao vivo para as faixas etárias mais jovens.
Controle do tempo de uso
Para ajudar a gerenciar o tempo na rede, o recurso passou a oferecer lembretes para pausar após uma hora de uso e um modo de descanso que, entre 22h e 7h, silencia as notificações da conta.
Supervisão dos responsáveis
E os pais, o que conseguem fazer? A Meta definiu que adolescentes com menos de 16 anos precisam de permissão dos responsáveis para ativar configurações menos protetivas. Além disso, para menores de 15 anos, qualquer mudança nessas regras depende de autorização dos pais ou responsáveis.
Com a supervisão ativa, os responsáveis podem:
- Aprovar ou negar mudanças nas configurações;
- Permitir que o jovem gerencie algumas opções por conta própria;
- Definir limites diários de uso ou bloquear o acesso em horários específicos;
- Ver com quais perfis o adolescente trocou mensagens nos últimos sete dias — sem acessar o conteúdo das mensagens.
A empresa também deixou claro que os pais não têm acesso ao conteúdo das mensagens, apenas a uma lista de perfis com interação recente.
Desde fevereiro, a implementação vem ocorrendo de forma escalonada e os usuários foram notificados sobre a migração para o novo tipo de conta.

