A 13ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) começou na quinta-feira (23), às margens do Rio Paraguaçu, em Cachoeira, na Bahia, e seguiu até o dia 26. A abertura reuniu a apresentadora Rita Batista e o cantor Russo Passapusso, em uma mesa que deu o tom da edição.
Espaços e curadorias
O tema deste ano foi “Ler é Massa” e a programação foi organizada em quatro espaços espalhados pela cidade:
- Palco dos Ritmos / Palco Raízes da Flica — curadoria de Linnoy Nonato.
- Tenda Paraguaçu — curadoria de Wesley Correia.
- Geração Flica — curadoria de Deco Lipe.
- Fliquinha — curadoria de Emília Nuñez.
A programação da quinta começou na Tenda Paraguaçu com a mesa intitulada “Ler é Massa”, que contou com Russo Passapusso e Rita Batista. Ao longo dos dias houve espetáculos de teatro, apresentações musicais, contações de histórias, lançamentos de livros e saraus de poesia — atividades pensadas para públicos diferentes e para ocupar a cidade.
E qual o impacto disso tudo para Cachoeira? Além do movimento cultural, a feira também aquece a economia local.
“Nós não temos uma estimativa desse impacto econômico, mas sabemos que é uma movimentação muito forte, movimenta tanto o comércio local, quanto o comércio também da agricultura familiar. Os trabalhadores rurais trazem seus produtos, porque além deles comercializarem para o consumo, as pessoas também adquirem os produtos da agricultura familiar também para levarem para suas residências e degustarem a nossa gastronomia também de Cachoeira”, disse Eliana Gonzaga (PT).
“A Flica mobiliza diferentes públicos, forma novos públicos e impulsiona o desenvolvimento econômico”, afirmou Bruno Monteiro, secretário de Cultura do estado.
“A Bahia hoje se tornou o estado que mais investe em eventos literários e é muito a partir desse exemplo da Flica – que é a maior delas, é uma das maiores feiras do Brasil – e nós temos a todo ano aprimorado as políticas a partir do aprendizado. Nós temos também os investimentos no audiovisual com a Bahia Filmes, que acaba de se tornar uma realidade e que vem para impulsionar o audiovisual baiano. Nós temos investimentos na música muito significativa no teatro com investimento já de meio bilhão de reais”, declarou Bruno Monteiro.
Ao longo dos quatro dias, dezenas de autores e expositores passaram pela feira, que manteve a programação anunciada e reforçou seu papel cultural: promover leitura, apoiar o comércio local e valorizar a agricultura familiar. Foi, em suma, uma celebração que uniu literatura, música e comunidade — e deixou a cidade em plena movimentação.

