A advogada Patrícia de Fátima Ribeiro, de 35 anos, foi encontrada morta a facadas dentro da casa onde vivia com o marido, Wanderson Lima da Silva, de 41 anos, na manhã de quarta-feira (22), em Curvelo, região Central de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar, após o crime, o marido tirou a própria vida. O filho do casal, de dois anos, estava na creche no momento.
Segundo relato de familiares à polícia, a ocorrência foi descoberta quando a irmã de Wanderson não conseguiu contato e pediu que o próprio esposo fosse até a residência. Sem resposta ao interfone, ele pulou o muro e encontrou os dois já sem vida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou os óbitos.
Conforme as primeiras informações, Patrícia foi localizada em um dos quartos, com perfurações no peito e na lateral do corpo, além de cortes nas mãos — indicativos compatíveis com tentativa de defesa. Wanderson foi encontrado na área externa do imóvel. A perícia recolheu a faca que teria sido usada no crime, além de celulares e o equipamento de gravação das câmeras de segurança da casa, que devem auxiliar a Polícia Civil a esclarecer a dinâmica dos fatos.
Familiares informaram às autoridades que Patrícia manifestava insatisfação com o relacionamento e planejava se separar. Um veículo regional da Zona da Mata mineira informou que, até o momento, não havia registros de ocorrências anteriores envolvendo o casal, e que o caso foi registrado inicialmente como feminicídio seguido de suicídio, com encaminhamento dos corpos ao IML de Curvelo para exames periciais.
A Polícia Civil irá analisar o conteúdo dos aparelhos eletrônicos e eventuais imagens das câmeras para definir a cronologia exata do crime, bem como verificar se há indícios de premeditação ou de antecedentes de violência doméstica. Até a última atualização, não havia confirmação oficial de medidas protetivas, boletins de ocorrência anteriores ou notificações de vizinhança relacionadas ao endereço do casal.
Em casos de suspeita de violência doméstica, denúncias podem ser feitas pelos números 190 (emergência), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 181 (Disque Denúncia, quando disponível), além das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.
