O Ministério da Saúde informou que 724 frascos do primeiro lote do trastuzumabe entansina foram destinados à Bahia e seriam entregues à secretaria estadual de saúde na quinta-feira (23). O remessa nacional chegou à pasta na segunda-feira (20) e totalizou 11.978 unidades — 6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg — depois de desembarcar em Guarulhos (SP) em 13 de outubro.
A distribuição no estado ficou sob responsabilidade da secretaria estadual de saúde, que fará a dispensação seguindo os protocolos clínicos vigentes. O medicamento é indicado para pacientes que ainda apresentem sinais da doença após a quimioterapia inicial, especialmente em casos de câncer de mama HER2‑positivo em estágio III.
O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério, José Barreto, resumiu a importância do avanço: “É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”.
Cronograma e quantidade
O governo federal adquiriu o medicamento com investimento de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos‑ampola, divididos em 17,2 mil unidades de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg. Segundo a pasta, a negociação trouxe um preço cerca de 50% abaixo do mercado, o que representaria uma economia estimada em aproximadamente R$ 165,8 milhões e permitiria ampliar o acesso ao tratamento pelo SUS.
O Ministério detalhou que a entrega está prevista em quatro lotes, com remessas projetadas para dezembro de 2025 e para março e junho de 2026. De acordo com a pasta, os insumos são suficientes para atender 100% da demanda atual pelo fármaco no SUS e devem beneficiar 1.144 pacientes ainda em 2025.
O que isso muda na prática
Por que isso importa? Porque amplia as opções terapêuticas para quem enfrenta o câncer de mama HER2‑positivo. Mais remédios disponíveis significam mais chance de controle da doença e melhor qualidade de vida para pacientes que precisam do tratamento.
No fim das contas, a chegada dos frascos à Bahia faz parte de um esforço maior — nacional — para tornar esse tratamento acessível pelo SUS. É um passo concreto, com números claros e um cronograma definido, que pode transformar a rotina de quem luta contra esse tipo de câncer.