Algo chamou a atenção dos cientistas no sudeste do Irã: o topo do vulcão Taftan incheu cerca de 9 centímetros entre julho de 2023 e maio de 2024 — um sinal claro de aumento de pressão sob a superfície.
O que os pesquisadores encontraram
Os estudos mostram que a fonte dessa pressão parece estar entre 460 e 630 metros abaixo do solo. Não houve evidências externas óbvias, como terremotos ou aumento de chuva, que expliquem o fenômeno. Por isso, os autores sugerem duas hipóteses principais: bolsas de água quente e vapor no subsolo ou pequenas intrusões magmáticas que passaram despercebidas.
Contexto histórico e geográfico
Com cerca de 3.940 metros de altitude, o Taftan é o único vulcão ativo do arco vulcânico de Makran, formado pelo encontro de placas tectônicas. Há registros de emissão de fumaça em 1902 e relatos não confirmados de pequeno fluxo de lava em 1992. A última erupção de grande porte ocorreu há aproximadamente 700 mil anos.
Risco imediato e recomendações
Isso significa que o vulcão vai entrar em erupção amanhã? Não necessariamente. A equipe responsável pelo levantamento afirmou que não há indícios de erupção iminente, mas ressaltou que o sinal de inflação indica atividade maior do que se pensava. “Nossas descobertas revelam que Taftan está mais ativo do que se imaginava anteriormente”, escreveram os autores.
Por precaução, os pesquisadores recomendam revisar os mapas de perigo geológico da região e reforçar a vigilância vulcânica — medidas que ajudam a reduzir o risco de surpresas.
Dados principais
Resumo rápido dos pontos centrais:
- Localização: sudeste do Irã, perto da fronteira com o Paquistão.
- Altura: 3.940 metros.
- Histórico: última grande erupção há ~700 mil anos; atividades menores relatadas em 1902 e 1992.
- Mudança observada: inchaço de ~9 cm entre jul/2023 e mai/2024.
- Possível causa: pressão por magma, vapor e água quente a 460–630 m de profundidade.
- Situação atual: sem indício de erupção imediata; pedido de incremento no monitoramento.
Em poucas palavras: o Taftan deu sinais de vida que merecem atenção. Por ora, a recomendação é observar e reforçar a vigilância — não entrar em pânico.