O Esporte Clube Vitória, da Bahia, formalizou uma cobrança contra o Grêmio, do Rio Grande do Sul na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF. O pedido é pelo pagamento de aproximadamente US$ 500 mil (R$ 2,7 milhões), relativos à transferência do zagueiro Wagner Leonardo concluída em fevereiro — uma parcela de um acordo maior de cerca de US$ 4,5 milhões (R$ 26 milhões) que, segundo Vitória, deveria ter sido quitada até 30 de setembro.
Em linguagem simples: é como cobrar uma conta que, segundo quem vendeu, não foi paga no prazo combinado. A cobrança já foi protocolada na CNRD e pede a quitação das parcelas em atraso.
O que acontece agora?
A CNRD é a instância competente para julgar esse tipo de disputa entre clubes e atletas. Ela vai analisar a documentação apresentada e pode, se necessário, abrir instrução probatória — o que inclui ouvir as partes e reunir provas.
E o que isso significa na prática? A decisão pode trazer sanções administrativas ao clube condenado. Entre as medidas previstas está o transferban, que impede o registro de novos atletas pelo clube por um período determinado. Em outras palavras: além de dever dinheiro, o clube pode ficar com a barra de contratações travada até a pendência ser resolvida.
- Análise da documentação pela CNRD.
- Possível audiência e produção de provas.
- Decisão com eventual aplicação de sanções, como transferban, multas ou cobrança de juros.
O caso do Vitória não é isolado. Recentemente o Grêmio já enfrentou cobranças semelhantes: em agosto o Cascavel-PR recorreu à CNRD cobrando cerca de R$ 8 milhões pela venda do meia Bitello. Em março, a FIFA aplicou um transferban ao clube gaúcho por atraso no pagamento de parcelas ao Cerro Porteño, do Paraguai, pela contratação do volante Villasanti — na ocasião o Grêmio foi condenado ao pagamento de aproximadamente US$ 825 mil (R$ 4,3 milhões), além de multas e juros perto de US$ 41 mil (R$ 219 mil).
Agora, o processo apresentado pelo Vitória seguirá o trâmite na CNRD da CBF, que deverá examinar os documentos e decidir se marca atos processuais, como audiência, e se aplica alguma sanção administrativa. Resta aguardar o desfecho formal — e ver se o débito será quitado ou se haverá penalidade ao Grêmio.