O frentista João Carlos da Silva, 20, morador de Jacarepaguá (RJ), removeu a tatuagem com o sobrenome “Bolsonaro” que havia feito na testa em 2022, quando tinha 17 anos, após um desafio entre amigos para “viralizar” nas redes. Ele afirmou que a decisão foi motivada por “marketing” e pela promessa de receber R$ 1.000 pelo ato. À época, o vídeo do procedimento publicado no TikTok teve ampla repercussão e gerou críticas e piadas online, além de reação da família do jovem, que disse votar tradicionalmente em candidatos do PT: “Minha família toda vota no Lula. Eu fiz isso pela brincadeira e para viralizar, não por homenagem nem porque eu voto nele. Nunca votei em nenhum presidente, na época ainda não tinha título de eleitor”.
“Meu pai viu a reportagem na TV e me ligou pra saber se era verdade. Falou demais. Minha mãe quase me bateu quando cheguei em casa. Mas no final ficou tudo tranquilo. Foi só uma besteira de adolescente”, disse.
A remoção da tatuagem, um processo que durou oito meses e exigiu entre 15 e 20 sessões de laser, teve um custo de R$ 3.900. O jovem contou que se arrependeu da tatuagem desde o momento em que a fez, mas que nunca teve vergonha de sair de casa. Para custear o procedimento, amigos de João Carlos organizaram uma vaquinha, arrecadando parte do valor necessário para apagar a marca
Nas entrevistas recentes, João voltou a dizer que não fez a tatuagem por convicção política. Ele relatou que não é “muito fã do Bolsonaro” e que buscava apenas visibilidade online. O vídeo original, publicado pelo tatuador Leo Caberna, registrou milhares de curtidas e comentários no TikTok quando o episódio veio à tona há três anos.
“O tatuador é meu amigo, a gente sempre tentava fazer um marketing para poder viralizar. Fiz isso por seguidores. Um dia ele me desafiou a fazer essa tatuagem, que me daria R$ 1.000 e fizemos”, contou.
Atualmente, João trabalha como frentista e afirma ter seguido a rotina sem sequelas da tatuagem no rosto. Segundo os veículos, a remoção foi concluída após a série de sessões de laser, com o custo sendo coberto pela vaquinha e complementado por aportes do próprio jovem e do tatuador