O vereador Hamilton Assis (PSOL) confirmou ao Bahia Notícias que será candidato a deputado federal nas eleições de 2026. Segundo ele, a decisão tem um objetivo claro: reforçar a presença do partido em nível nacional e ajudar o PSOL a ultrapassar a cláusula de barreira na Câmara dos Deputados.
Por que ele vai concorrer?
Assis explicou que o partido sentiu falta de nomes competitivos para a disputa nacional e que, por isso, seus companheiros o convenceram a colocar o nome à disposição. Em outras palavras: é uma candidatura pensada para somar ao projeto coletivo do PSOL.
Ele também afirmou que chegou a ser avaliado para a disputa ao governo do estado, mas que a legenda optou por priorizar a pré-candidatura de Ronaldo Mansur. Diante disso, Assis aceitou disputar uma vaga na Câmara dos Deputados e garantiu que a candidatura não afetará seu mandato como vereador em Salvador, na Bahia.
PSOL na Bahia
Sobre a bancada estadual, Hamilton defendeu a reeleição do deputado Hilton Coelho e destacou outras pré-candidaturas consideradas importantes para fortalecer o partido no estado. Entre os nomes citados estão:
- Kleber Rosa — teve desempenho destacado nas eleições municipais de 2024;
- Jonathas Monteiro — saiu da região de Feira de Santana com mais de 30 mil votos na eleição anterior.
Fontes consultadas pelo Bahia Notícias dizem que o PSOL está confiante em conquistar duas cadeiras na Assembleia Legislativa e pretende disputar uma terceira vaga em 2026.
Controvérsia e processo
Mas tudo isso vem acompanhado de polêmica. A confirmação da candidatura ocorreu enquanto corre um pedido de cassação contra o vereador, que o acusa de participação na invasão do Centro de Cultura da Câmara de Salvador e de quebra de decoro parlamentar após a ocupação do plenário por professores.
O pedido foi apresentado por Pedro Ivo Rodrigues Cortes. Assis nega as acusações: afirma que não estava presente no dia da ocupação e que “não há materialidade nas denúncias”, pedindo que a Corregedoria arquive o processo. No momento, o caso segue em tramitação na Corregedoria da Câmara, que ficará responsável por analisar o pedido de cassação.
Segue a disputa — nas urnas e nos autos — até que haja uma definição.