Em entrevista ao Bahia Notícias, o vereador Hamilton Assis (PSOL) comentou a ocupação do plenário da Câmara Municipal de Salvador, na Bahia, realizada em maio por servidores da educação ligados à APLB Sindicato e ao Sindseps. Segundo ele, a mobilização começou depois que trabalhadores foram barrados e tentaram acompanhar os debates como forma de participação.
Posição do vereador
Para Hamilton Assis, a greve teve reivindicações justas. Ele afirmou que os trabalhadores tinham razão em buscar espaço nos debates. Ao mesmo tempo, apontou que houve excessos durante a ocupação e que esses deslizes devem ser reprovados.
Mas isso justifica tudo o que aconteceu? Na opinião do vereador, não. Ele disse que a paralisação poderia ter terminado mais cedo se a administração municipal não tivesse adotado uma postura que considerou arrogante nas negociações.
Hamilton Assis também lembrou que atos de greve e manifestações pacíficas são direitos constitucionais. No contexto descrito, a tentativa de acompanhar as sessões da Câmara foi vista por ele como uma forma legítima de pressão e de busca por participação.
Violência e ausência justificada
O vereador condenou episódios de violência ocorridos durante a mobilização. Ele citou que os vereadores Sidninho (PP) e Maurício Trindade (PP) se envolveram numa discussão e chegaram a ser agredidos no Centro de Cultura da Câmara.
Sobre sua própria ausência no momento da ocupação, Hamilton Assis explicou que teve a defesa do mestrado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) agendada previamente e que o compromisso era inadiável. Após concluir a defesa, comunicou aos servidores que não se tratou de abandono da luta, mas do cumprimento de um compromisso acadêmico.
Ao final, ele reafirmou apoio às reivindicações e pediu a condenação de quaisquer excessos praticados durante a mobilização, mantendo o foco nos direitos dos trabalhadores e na necessidade de diálogo.