Na tarde desta terça-feira (7), cerca de duas mil pessoas saíram em caminhada em Brasília (DF) pedindo a aprovação de uma anistia ampla. A concentração começou em frente à Catedral de Brasília e o grupo seguiu pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Congresso Nacional.
Entre os participantes estavam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o pastor Silas Malafaia e vários parlamentares da oposição. O ato teve início com discursos em frente à catedral; em seguida, o carro de som que liderava a manifestação conduziu a caminhada.
Quem falou e quem estava lá
Familiares de presos ligados aos ataques às sedes dos Três Poderes também marcaram presença. Diversos parlamentares fizeram discursos tanto na concentração quanto durante o percurso. Entre os que se manifestaram estavam:
- Nikolas Ferreira
- Bia Kicis
- Filipe Barros
- Alberto Fraga
- Eros Biondini
- Rodolfo Nogueira
- Domingos Sávio
- Senadores Magno Malta e Eduardo Girão
- Além de Flávio Bolsonaro e Michelle Bolsonaro
«Nós sabemos que é uma terça-feira. A gente não teve a intenção de trazer milhares de pessoas. Nós quisemos mandar uma mensagem através dos olhos do brasiliense», disse o locutor oficial do evento do alto do carro de som.
O objetivo declarado pelos organizadores era pressionar o Congresso para que o projeto de anistia não fosse modificado, especialmente para evitar que se transformasse em norma de dosimetria das penas aplicadas aos condenados por tentativa de golpe de Estado. O relator do projeto, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já afirmou que o texto trataria apenas da redução das penas dos condenados — o que incluiria, por consequência, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
«Dosimetria é conversa fiada para boi dormir. Nós não somos bois. Dosimetria não é papel do Congresso. Papel do Congresso é conceder anistia», afirmou o pastor Silas Malafaia.
Em resumo: a manifestação buscou enviar uma mensagem direta aos parlamentares e o projeto seguiu em debate no Congresso sob a relatoria de Paulinho da Força. A mobilização terminou deixando clara a pressão pública sobre os parlamentares responsáveis pela proposta.
