Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego apresentaram uma maneira mais precisa de converter a idade de cães e gatos em anos humanos — e a novidade chamou atenção de tutores na Bahia. Em vez da regra simples de multiplicar por sete, a proposta usa marcas químicas no DNA para estimar o envelhecimento.
Como funciona
O método se apoia em relógios epigenéticos, que acompanham mudanças previsíveis na metilação do DNA ao longo da vida e acabam influenciando como os genes são ativados. A partir dessas medições, os pesquisadores montaram modelos aplicáveis a diferentes mamíferos — cães, gatos e humanos — para traduzir melhor o tempo biológico.
Cães
Para cães, a fórmula apresentada foi 16 × ln(idade do cão) + 31. Na prática, isso mostra um envelhecimento mais acelerado nos primeiros anos, que vai desacelerando depois. Exemplos práticos:
- 1 ano de vida ≈ 30 anos humanos;
- 4 anos de vida ≈ 52 anos humanos.
Os pesquisadores também notaram que o porte importa: cães pequenos (até 9 kg) tendem a envelhecer mais devagar que cães de raças grandes ou gigantes.
Gatos
No caso dos felinos, o quadro mostrou que a maturidade chega cedo. Alguns marcos:
- 6 meses ≈ 10 anos humanos;
- 12 meses ≈ 15 anos humanos;
- 2 anos ≈ 24 anos humanos;
- 3 anos ≈ 28 anos humanos;
- 6 anos ≈ 40 anos humanos.
O estudo sugere que os gatos atingem a maturidade rapidamente e entram na fase sênior por volta dos 11 a 12 anos, o que pode exigir ajustes na nutrição e no acompanhamento clínico.
Por que isso importa
Além de permitir relógios biológicos mais universais para mamíferos, a descoberta oferece uma base mais confiável para tabelas de conversão de idades. Que diferença isso faz no dia a dia? Ajuda tutores e veterinários a adaptar cuidados, prevenções e dietas conforme a fase de vida real do animal — informação útil tanto na rotina quanto em decisões médicas.