O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado da Bahia (SINPRF-BA) divulgou uma nota, neste domingo (5), sobre o episódio envolvendo uma acusação de injúria racial durante um campeonato esportivo juvenil em Feira de Santana. A servidora Michele Alencar, de 44 anos, foi detida no local.
O que aconteceu
Segundo as informações divulgadas, um capitão da Polícia Militar acusou a policial rodoviária federal de proferir ofensas de cunho racial. O caso ocorreu durante a disputa esportiva e resultou na prisão imediata de Michele Alencar.
Posição do sindicato
O SINPRF-BA afirma que acompanhou o caso desde o início e prestou apoio jurídico e institucional à servidora. De acordo com a entidade, todas as medidas tomadas respeitaram a presunção de inocência, o devido processo legal e o direito à ampla defesa.
O sindicato diz que os elementos já reunidos apontam para a inexistência de conduta racista por parte da policial e destaca que ela “jamais proferiu qualquer palavra ou atitude de cunho racista”.
A nota também afirma que Michele Alencar e familiares foram vítimas de agressões físicas e verbais, apontando que tal situação foi comprovada por exame de corpo de delito e registrada em vídeos.
Além disso, o SINPRF-BA relata que o depoimento do policial militar teria sido reforçado por pessoas que, segundo a entidade, participaram das supostas agressões contra a policial. Por isso, pediu uma apuração “criteriosa, imparcial e isenta” dos fatos.
O sindicato criticou a postura do policial envolvido, lembrando que sua função é garantir a segurança e evitar conflitos, mas que, no episódio em questão, ocorreram “excessos e atitudes que contribuíram para o agravamento da situação”.
Próximos passos
Ao final do comunicado, o SINPRF-BA disse repudiar toda forma de discriminação, ao mesmo tempo em que rejeita tentativas de inverter a condição de vítima ou de antecipar julgamentos sem análise técnica e probatória. A entidade afirmou que continuará acompanhando as apurações e mantendo o apoio jurídico e institucional à servidora.
Como garantir que a investigação será realmente imparcial e baseada em provas? O sindicato pede exatamente isso: uma apuração cuidadosa, para que os fatos sejam esclarecidos sem pressa e com responsabilidade.