A Bahia registrou o primeiro caso suspeito de morte por intoxicação por metanol. A vítima é um homem de 56 anos que deu entrada, quatro dias antes, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Queimadinha, em Feira de Santana, e teve óbito confirmado na madrugada de sexta-feira.
O nome indicado pela TV Bahia é Marcos Evandro Santana da Costa. Desde a admissão, o caso seguiu como suspeito até a conclusão das provas biológicas. O Instituto Médico Legal (IML) deve liberar os laudos em até sete dias.
O contexto nacional
O episódio na Bahia ocorre enquanto, no país, já foram registradas 59 notificações relacionadas a intoxicação por metanol.
O que as autoridades dizem
Em coletiva, o governador Jerônimo Rodrigues pediu calma e pediu cuidado com rumores: não criar alarde, mas também não divulgar informações que não sejam verdadeiras. Segundo ele, qualquer fato comprovado será comunicado pela Secretaria de Saúde do Estado em conjunto com o Ministério da Saúde e o município.
“Nós não podemos criar alarde, facilitar, para que não haja qualquer tipo de excesso. Mas nós também queremos pedir para que evitem circular informações que não são verdadeiras. Qualquer fato comprovado, a Sesab irá se pronunciar. Não fará isso sozinho. Fará com o Ministério, com o Município”, disse Jerônimo Rodrigues.
O governador ressaltou que as equipes técnicas acompanham o caso 24 horas e que todo procedimento técnico está sendo seguido. Ele também pediu que a população confie no SUS, que está cuidando da situação.
“Todo procedimento técnico nós estamos fazendo. A Vigilância tem acompanhado isso 24 horas e eu quero pedir para a sociedade baiana que confie no sistema de saúde da União e do Estado, o SUS, que está cuidando disso”, pontuou Jerônimo Rodrigues.
Medidas adotadas
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) orientou, de forma preventiva, as unidades de saúde da rede privada e os serviços de urgência e emergência da rede pública para ficarem atentos a sinais compatíveis com intoxicação por metanol e comunicarem imediatamente qualquer suspeita. O objetivo é agilizar investigação e proteção.
O acompanhamento do caso ficou a cargo das equipes de vigilância de Feira de Santana e do estado, em articulação com a Secretaria da Segurança Pública e em diálogo com o Ministério da Saúde. Conforme o governador, se surgirem outras denúncias semelhantes, haverá contato direto com prefeitos e equipes de saúde municipais.
O caso segue em investigação até a liberação dos laudos periciais pelo IML, prevista para até sete dias.