Passaram-se mais de 24 horas desde que a Marinha de Israel interceptou a flotilha Global Sumud em águas internacionais, e familiares e integrantes da delegação seguem sem contato direto com os detidos nem com apoio consular.
O que se sabe
Ao todo, cerca de 500 pessoas foram capturadas durante a ação. Entre elas, 12 brasileiros foram retidos no porto de Ashdod.
Além dos detidos, duas pessoas ainda não foram localizadas: João Aguiar, que estava no barco Mikeno, e Miguel de Castro, no Catalina. Não há confirmação oficial de que ambos estejam sob custódia israelense.
Tentativas de acesso
Familiares e membros da delegação informaram que diplomatas brasileiros tentaram, em duas ocasiões, ter acesso aos ativistas no porto, mas os pedidos foram negados.
A coordenadora da delegação brasileira e esposa do ativista Thiago Ávila, Lara Souza, relatou que os compatriotas já estavam sendo interrogados sem acompanhamento da representação diplomática:
“Não foi permitido a ele contato com a embaixada brasileira. Nem a ele, nem a nenhum dos demais brasileiros”, disse Lara Souza.
A advogada responsável pelo grupo também enfrentou obstáculos para obter autorização de entrada. Embora tenha sido informada de que poderia estabelecer contato, até o momento não havia obtido retorno.
As autoridades israelenses justificaram a restrição citando o feriado de Yom Kippur, que, segundo elas, teria paralisado procedimentos regulares.
Próximos passos
A embaixada do Brasil informou que a comunicação com os detidos só deveria ser viabilizada a partir desta sexta-feira (3). Até essa data, familiares e representantes aguardavam posicionamentos oficiais sobre o acesso consular e sobre a situação dos dois brasileiros ainda não localizados.
Como ficam as famílias diante dessa espera?
Enquanto isso, parentes seguem à espera de notícias e de respostas oficiais sobre o paradeiro e as condições dos envolvidos.