A Polícia Federal prendeu duas pessoas em Brasília nesta quarta-feira (1º) durante a Operação Persona. O esquema investigado envolava fraudes em empréstimos consignados que tinham como vítimas, em sua maioria, aposentados e pensionistas do INSS: os valores eram desviados após contratações feitas em nome de terceiros.
Como funcionava o esquema
Os suspeitos usavam meios eletrônicos para obter dados pessoais das vítimas, abriam contas em nomes de terceiros e contratavam empréstimos consignados para depois desviar o dinheiro. Ou seja, eram fraudes digitais que atingiam, especialmente, pessoas idosas — um grupo mais vulnerável.
Investigação e alcance
O caso começou a partir de uma denúncia em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina (BA), e a apuração durou cerca de um ano e meio, segundo a delegacia da Polícia Federal em Juazeiro (BA). A PF aponta que os crimes ocorreram em vários estados, com maior concentração na Bahia e no Distrito Federal.
Ações da operação
Além das duas prisões em Brasília, os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão. Houve ainda uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. A Justiça determinou o sequestro de bens e valores e impôs restrições financeiras aos investigados, proibindo que façam operações de crédito ou contratem empréstimos.
Foram apreendidos celulares, computadores e documentos que agora serão periciados para calcular os prejuízos e identificar outras pessoas possivelmente envolvidas.
As investigações continuam para aprofundar o levantamento dos danos e responsabilizar eventuais participantes.