No dia 24 de setembro, a Câmara Municipal de Salvador aprovou o Projeto de Lei nº 103/2024, que reconhece oficialmente as quadrilhas juninas da cidade como manifestações da cultura popular. É um reconhecimento que combina tradição, festa e comunidade — e que pode traduzir esse valor em apoio institucional.
O que muda
O projeto, apresentado pelo vereador Téo Senna (PSDB), altera a Lei nº 9.174/2016, que criou o Programa de Incentivo à Cultura, o Viva Cultura. Na prática, a mudança permite que as quadrilhas tenham acesso direto ao programa de auxílio fiscal por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Quem ganha com isso?
Para receber o auxílio, as quadrilhas precisarão estar cadastradas na Federação Baiana das Quadrilhas Juninas (Febaq), conforme prevê o texto aprovado pelos vereadores. O projeto já seguiu para a próxima etapa: depende agora da sanção do prefeito Bruno Reis (União Brasil) para entrar em vigor oficialmente.
Festival e reconhecimento
Este ano, Salvador realizou o IV Festival de Quadrilhas Juninas, integrado ao Arraiá da Prefs, com a apresentação de oito grupos, reforçando a presença das quadrilhas no calendário cultural da cidade.
- Germe da Era
- Forró do Luar
- Flor de Chita
- Forró Asa Branca
- Forró Mandacaru
- Imperatriz do Forró
- Forró do ABC
- Capelinha do Forró
O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, destacou a importância do movimento das quadrilhas e o compromisso da gestão municipal com o apoio aos grupos. Como ele mesmo afirmou:
“É um trabalho impecável que mobiliza toda uma comunidade, envolve vários profissionais e o resultado é de uma competência e de um profissionalismo impressionante. Trazer as quadrilhas de volta para a Praça Municipal é recolocá‑las no lugar que merecem, no centro da cidade. Então, o apoio à quadrilha junina é um compromisso da gestão pública municipal”.
Agora é aguardar a análise e eventual sanção do prefeito para que as alterações na Lei nº 9.174/2016 passem a valer e as quadrilhas possam, formalmente, acessar os mecanismos de apoio previstos.
